Confrontos recentes: "Cada jogo tem a sua estória e depende de como as equipas se adaptam ao jogo e às situações do jogo. São dois treinadores que já jogaram muitas vezes um contra o outro. Os jogadores também já se conhecem. O FC Porto mudou a sua forma de jogar, nós também temos nuances diferentes, mas isso não vai ser uma surpresa porque há todo o tipo de observação. São duas equipas com estilos diferentes e cada equipa vai querer levar o seu estilo a ser mais forte. Temos que aumentar a intensidade e a agressividade. Não se pode jogar com o FC Porto - principalmente o FC Porto de Sérgio Conceição - sem ser muito agressivo e é isso que vamos fazer amanhã (sábado)".
Pedro Porro: "Já não sai porque agora vai para estágio, eu estou ao pé dele e já não sai até ao jogo. Sei que ultimamente o futebol tem mudado um bocadinho, mas a verdade é que os clubes estão em primeiro lugar e o jogador está apto a jogar desde que esteja inscrito pelo Sporting. Isso é uma certeza. Percebo que isto envolva muito a cabeça dos jogadores, mas o principal é que o Porro está apto. Se não estivesse apto estaria outro jogador. Vou estar sempre tranquilo. Este jogo não se resolve apenas com um jogador. Temos de estar muito bem como equipa e nós funcionamos muito bem como equipa, desde que sejamos muito agressivos, muito intensos e tenhamos coragem de jogar o nosso jogo. O Porro é mais um jogador que está apto e que vai para estágio. O que tiver de acontecer vai acontecer e estaremos preparados para todos os cenários".
Último jogo de Porro pelo Sporting? "Sinceramente não sei... vamos ver. Faltam poucos dias. Até dia 1 toda a gente vai saber se o Porro fica ou sai".

Se Porro sair vai ao mercado? "Tudo entra nas contas, mas o Porro ainda não saiu e, portanto, logo veremos. Obviamente temos opções, temos o nosso scouting, mas nem tudo é fácil de fazer num curto espaço de tempo. Vamos ver. Conto com o (Gonçalo) Esteves, conto com o (Diogo) Travassos, depende deles, sabendo que ainda têm de percorrer um caminho para jogar no Sporting. Se tiverem de ser lançados mais cedo, serão lançados. Não vamos fazer nada que coloque em risco o nosso projeto".
Negócio de Matheus Nunes mudou a estratégia da SAD? "Não faço ideia. Não sei qual é a estratégia nem me preocupo com essa estratégia. O que me foi dito foi em relação à cláusula do Pedro Porro e eu penso que é isso que está a ser cumprido. Também temos de ver que por vezes é obrigatório vender - não tenho acesso a essa informação - e há outras fases em que não somos obrigados a vender. Deus queira que essa negociação esteja complicadíssima (risos)".
Saídas de jogadores: "Depende da vontade dos jogadores, se querem jogar mais ou menos... temos um plantel grande, com muitos jogadores da formação que sobem e baixam conforme as necessidades das duas equipas porque também temos uma ambição na Liga 3. A saída do Matheus Nunes foi muito em cima da hora, complicou tudo. Temos que arrumar a casa no sentido de voltar ao nosso trajeto e seguir esse caminho. Não sei se vai sair alguém, poderá sair, mas vamos ver".
Importância do jogo: "Para mim é sempre mais importante para nós do que para o FC Porto. A época está a correr de maneira diferente para as duas equipas. Nós saímos da Liga dos Campeões e da Taça de Portugal, e temos menos títulos. O FC Porto o ano passado ganhou a Taça de Portugal e o campeonato. Acho que é mais importante para nós, mas a vontade de vencer vai ser igual dos dois lados. Precisamos deste título porque temos um projeto. Temos que jogadores que têm demonstrado muito talento mas não têm sido consistentes, e os títulos dão essa confiança que nós precisamos. Temos de pensar no jogo de amanhã e estou confiante que vamos vencê-lo".
Resultado vai influenciar o que falta da temporada? "Depende da forma como enfrentamos os desafios: ganhando não salva nada e não podemos enfrentar as coisas de ânimo leve, se for ao contrário perdemos um título e temos de seguir em frente. A vida dos treinadores e dos jogadores faz-se de desafios. O impacto que vai ter depende da nossa abordagem daqui para a frente, independentemente de ser vitória ou derrota. O sabor da vitória é viciante e quando se deixa de vencer - não é o nosso caso - faz falta esse valor.
Paulinho: "Está apto fisicamente. Obviamente não está sem dores, mas está apto, quer muito jogar e é mais uma opção para a nossa equipa".
Porque é que a conquista da Taça da Liga não salva a temporada? "Porque não chega. Não podemos ter um discurso quando as coisas correm bem e mudar esse discurso. As pessoas ficam confusas. Temos convicções, foi escasso o ano passado, então este ano, mesmo conquistando um título, será escasso. É esse o pensamento que quero nos jogadores e sei das consequências que isso tem porque olho muito para o lado negativo e sei que isso põe em perigo muita coisa, mas é assim que eu quero levar as coisas. Estaremos muito mais perto de vencer se tivermos essa mentalidade. Portanto digo que não salva nada, continuará a ser escasso e teremos de melhorar e continuar a ganhar jogos".
Quem é o jogador mais perigoso do FC Porto? "Há vários jogadores. O Taremi faz muitos golos, o Otávio tem uma alma e divide o jogo como ninguém e depois há o Pepe que, para além do futebol, dá algo diferente à equipa do FC Porto. O Sérgio Conceição poderia descansar os três, não acredito que o faça, mas não poderei escolher. O FC Porto vale muito pelo seu todo, pela forma como o treinador prepara a equipa, pela agressividade que mete, mas há jogadores especiais e eu escolho esses três, juntamente, com o Uribe. Há equipas que têm uma base para serem campeãs e esses jogadores formam uma base de muitos anos que dá estabilidade à equipa. Essa é a espinha dorsal do FC Porto".