"Este é um tema muito longo e complicado, mas não tem nada a ver com o ténis", disse Rublev em resposta às palavras de Zverev após a sua eliminação na primeira ronda de Wimbledon.
"Estou a tentar encontrar uma forma de sair deste buraco. Sinto-me bastante sozinho em geral e este sentimento não é muito agradável. Não só no court, mas na vida em geral. Nunca me tinha sentido assim antes. É difícil para mim encontrar alegria na vida neste momento", admitiu Zverev na altura.
E Rublev é solidário com as declarações do número três do mundo: "O ténis é um gatilho para alguns jogadores. No meu caso também foi assim. E acho que o Zverev está a passar pelo mesmo porque adora ténis, mas não se trata de resultados".
Não se trata do desempenho no campo
O próprio Rublev tem experiência de tais condições. O emotivo tenista de Moscovo já esteve à beira da exaustão mental no passado e admitiu estar deprimido. Agora, diz que está a tentar lidar com os seus demónios interiores de uma forma diferente.
"Tinha de fazer alguma coisa comigo próprio, aceitar-me a mim próprio e, quando comecei a lidar com isso, as coisas começaram a melhorar. Era muito fácil para mim falar sobre estas coisas e continuo a fazê-lo", afirmou.
De acordo com o número dez do mundo, o problema de Zverev não tem a ver com o desempenho no court.
"Não se trata de ténis, o problema é muito mais vasto. Toda a gente tem as suas próprias lutas internas, toda a gente tem de enfrentar os seus problemas. Todas as pessoas, quer sejam atletas ou não, acabam por sofrer das mesmas coisas", disse o tenista russo.