"A audiência para o arquivamento é na terça-feira, 10, às 09:00 hora local (12:00, em Lisboa)", disse à AFP Martin Ahumada, porta-voz da magistratura da província ocidental de Mendoza, onde o caso está a ser julgado.
Na segunda e terça-feira, durante audiências à porta fechada, a procuradoria local e a defesa pediram a demissão de Hugo Auradou e Oscar Jegou, acusados de violar uma mulher em julho num quarto de hotel.
"Pedimos o arquivamento por inexistência de crime", declarou na terça-feira o advogado de defesa Rafael Cúneo Libarona, irmão do atual ministro da Justiça.
Natacha Romano, a advogada da queixosa argentino, de 39 anos, também se pronunciou, pedindo "a rejeição total" do arquivamento do processo e exigindo que a investigação continue.
A juíza Eleonora Arenas, que presidia ao processo, tinha adiado a sua decisão sobre o caso sem uma data precisa.
Auradou e Jegou, de 21 anos, são acusados há quase cinco meses de violação colectiva agravada, alegadamente cometida na noite de 6 para 7 de julho num hotel em Mendoza, onde a equipa francesa de râguebi tinha acabado de disputar um jogo contra a Argentina.
Desde o início, afirmaram que as relações sexuais com a queixosa, uma mulher argentina de 39 anos que conheceram numa discoteca, foram consensuais e sem violência. A queixosa, pelo contrário, alegou ter sido violada com "violência feroz".
Inicialmente detidos em prisão preventiva e depois em prisão domiciliária em Mendoza, os jogadores foram libertados em meados de agosto e autorizados a regressar a França no início de setembro.