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Justiça argentina vai decidir a 10 de dezembro o caso dos jogadores de râguebi franceses

Rafael Cuneo, advogado dos jogadores de râguebi
Rafael Cuneo, advogado dos jogadores de râguebiANDRÉS LARROVERE / AFP
A justiça argentina marcou para 10 de dezembro a audiência para decidir sobre o pedido de arquivamento - o encerramento do processo antes do julgamento - dos jogadores de râguebi franceses acusados de violação, disse uma fonte judicial à AFP na sexta-feira.

"A audiência para o arquivamento é na terça-feira, 10, às 09:00 hora local (12:00, em Lisboa)", disse à AFP Martin Ahumada, porta-voz da magistratura da província ocidental de Mendoza, onde o caso está a ser julgado.

Na segunda e terça-feira, durante audiências à porta fechada, a procuradoria local e a defesa pediram a demissão de Hugo Auradou e Oscar Jegou, acusados de violar uma mulher em julho num quarto de hotel.

"Pedimos o arquivamento por inexistência de crime", declarou na terça-feira o advogado de defesa Rafael Cúneo Libarona, irmão do atual ministro da Justiça.

Natacha Romano, a advogada da queixosa argentino, de 39 anos, também se pronunciou, pedindo "a rejeição total" do arquivamento do processo e exigindo que a investigação continue.

A juíza Eleonora Arenas, que presidia ao processo, tinha adiado a sua decisão sobre o caso sem uma data precisa.

Auradou e Jegou, de 21 anos, são acusados há quase cinco meses de violação colectiva agravada, alegadamente cometida na noite de 6 para 7 de julho num hotel em Mendoza, onde a equipa francesa de râguebi tinha acabado de disputar um jogo contra a Argentina.

Desde o início, afirmaram que as relações sexuais com a queixosa, uma mulher argentina de 39 anos que conheceram numa discoteca, foram consensuais e sem violência. A queixosa, pelo contrário, alegou ter sido violada com "violência feroz".

Inicialmente detidos em prisão preventiva e depois em prisão domiciliária em Mendoza, os jogadores foram libertados em meados de agosto e autorizados a regressar a França no início de setembro.