Râguebi: Escócia ficou perto de uma vitória histórica sobre a Nova Zelândia (17-25)

Will Jordan, da Nova Zelândia, celebra o ensaio com Leicester Fainga'anuku e Beauden Barrett
Will Jordan, da Nova Zelândia, celebra o ensaio com Leicester Fainga'anuku e Beauden BarrettReuters / Russell Cheyne

A Nova Zelândia manteve o seu registo invicto de 120 anos frente à Escócia, ao marcar um ensaio tardio que travou uma feroz recuperação dos anfitriões na segunda parte e garantiu o triunfo por 17-25 no teste deste sábado, em Murrayfield.

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Os All Blacks chegaram ao intervalo a vencer por 0-17, mas a Escócia reagiu e igualou o marcador a vinte minutos do fim, reacendendo a esperança dos adeptos, até que Damian McKenzie garantiu a vitória para os visitantes com um ensaio extraordinário, seguido de uma penalidade a dois minutos do final.

Cam Roigard e Will Jordan marcaram os outros ensaios dos All Blacks, enquanto Beauden Barrett somou sete pontos com uma penalidade e duas conversões.

Os ensaios da Escócia foram apontados por Ewen Ashman e Kyle Steyn, enquanto Finn Russell converteu sete pontos.

A Escócia sonhava com um triunfo histórico, numa altura em que Murrayfield celebrava cem anos desde o seu primeiro teste, mas o público ficou em silêncio logo ao terceiro minuto, quando o segunda linha Josh Lord saiu de um maul no meio-campo e avançou em direção à linha de ensaio, assistindo Roigard para marcar.

A Escócia teve de se defender com tudo para evitar novo ensaio, perante sucessivas vagas de ataque na primeira parte, mas a pressão constante permitiu a Beauden Barrett converter uma penalidade e aumentar o resultado para 10-0.

Numa saída rápida pelo lado curto, Wallace Sititi passou facilmente por Darcy Graham, com a defesa escocesa a mostrar-se desatenta, e Jordan marcou mesmo antes do intervalo, colocando a Nova Zelândia em clara vantagem.

Murrayfield em festa

O primeiro ensaio da Escócia surgiu aos seis minutos da segunda parte, com Ashman a finalizar após um maul de alinhamento, momento em que o capitão visitante Ardie Savea foi excluído temporariamente.

Cinco minutos depois, os adeptos escoceses vibraram nas bancadas quando o capitão Sione Tuipulotu avançou até cinco metros da linha, atraindo os defesas e permitindo a Blair Kinghorn fazer um passe longo para Steyn marcar no canto.

A Escócia esteve perto do terceiro ensaio logo de seguida, mas ao tentar forçar a entrada na área de ensaio, o pilar Pierre Schoeman perdeu a bola das mãos, e Graham falhou o ensaio quando o tackle desesperado de Roigard fez com que a bola escapasse das mãos do ponta, já em mergulho.

A penalidade de Russell à hora de jogo permitiu à Escócia igualar, depois de McKenzie ter sido apanhado em fora de jogo.

O suplente neozelandês redimiu-se, no entanto, a oito minutos do fim, quando uma penalidade foi chutada para fora e, do maul resultante, a bola foi para a outra ala, em que McKenzie resistiu a dois placadores e conseguiu marcar, mantendo-se dentro de campo e torcendo o corpo para finalizar.

McKenzie converteu uma penalidade de segurança a dois minutos do fim, garantindo a fuga da Nova Zelândia, que mantém a ambição de conquistar o Grand Slam, tendo Inglaterra e País de Gales como próximos adversários, depois de terem vencido a Irlanda em Chicago na semana passada.

A Nova Zelândia soma agora 31 vitórias em 33 testes frente aos escoceses desde o primeiro duelo em Edimburgo, em 1905, com dois empates.