Lamb juntou-se ao plantel preliminar da Itália antes do Mundial de Râguebi e impressionou o técnico Kieran Crowley o suficiente para fazer parte da convocatória oficial.
Depois de vencerem os dois primeiros jogos em França, os ânimos estão exaltados na concentração italiana, antes do jogo de sexta-feira contra a Nova Zelândia, como Lamb disse à Reuters.
"O clima é muito positivo. Há três ou quatro meses, tínhamos como objetivo vencer o primeiro bloco de jogos com a Namíbia e o Uruguai. Fizemos isso, conseguimos 10 pontos que nos dão a oportunidade de enfrentar os próximos dois jogos com confiança", explicou.
Lamb estreou na seleção italiana apenas em agosto, mas há muito tempo que sonhava em jogar pela Itália.
"Sempre foi uma oportunidade que esteve na calha. O meu pai nasceu em Turim, é 100% italiano e, enquanto crescia, a minha avó italiana morava perto, sempre houve uma influência italiana na minha vida", explicou.
Em 2016, Conor O'Shea tornou-se treinador de Itália, depois da sua passagem pelo Harlequins, o clube onde o jovem Dino Lamb começou a sua carreira e onde ainda joga.
"Conor sabia das minhas ligações italianas e pediu-me que mantivesse a mente aberta, mas na altura eu estava envolvido na formação de menores de Inglaterra e queria levar isso até ao fim", lembrou.
Em dezembro passado, Lamb falou com Crowley quando o treinador o foi ver jogar.
"Eu não queria aparecer só por causa da minha origem italiana. Eu precisava saber que tinha algo a oferecer ao grupo", disse Lamb, que rapidamente mostrou o seu valor.
Lamb jogou em três dos jogos de preparação da Itália, marcando um tento contra a Roménia. Em França, marcou mais um tento no seu primeiro jogo do Campeonato do Mundo, na vitória da Itália sobre a Namíbia.
"É uma ocasião rara para um trinco ultrapassar a linha de ensaio", disse Lamb, com um sorriso. "Fiquei muito orgulhoso por ter participado. Conseguimos os cinco pontos para enfrentar o Uruguai, que sabíamos que seria um desafio difícil depois de ver a exibição deles contra a França."
O fraco desempenho no primeiro tempo fez com que a Itália perdesse por 7-17 para o Uruguai ao intervalo, mas deu a volta por cima ao marcar 31 pontos sem resposta após o intervalo, com Lamb a substituir Niccolo Cannone no início do segundo tempo.
"Se podemos tirar alguma coisa disso, é a garra e a determinação que mostrámos na segunda parte. Foi um resultado muito positivo, estar a perder ao intervalo e a equipa ter trabalhado em conjunto para conseguir dar a volta. Vamos encarar isto como algo positivo para o futuro, especialmente porque se trata de um grupo novo e jovem de jogadores, e com as duas vitórias antes do Campeonato do Mundo e agora estas duas, é ótimo para aumentar a confiança e o ímpeto das nossas exibições", defendeu.
Essa dinâmica vai ser posta à prova agora, quando a Itália enfrentar a Nova Zelndia, uma seleção que nunca venceu em 15 encontros.
"Estamos bem cientes do desafio que temos pela frente, os All Blacks são o que são, aquela camisola preta icónica, uma equipa de alto rendimento que trabalha muito bem em conjunto como um coletivo", explicou Lamb.
A Itália nunca chegou à fase a eliminar do Campeonato do Mundo. Com a família a deslocar-se a França para assistir aos dois próximos jogos, Dino Lamb vai orgulhosamente para a batalha.
"Estou entusiasmado com isto! E vamos levar a confiança das nossas últimas exibições. Colocamo-nos na melhor posição possível para fazer história no râguebi italiano", afirmou.
A Itália enfrenta a Nova Zelândia na sexta-feira, em Lyon, com o último jogo do Grupo A, com a França, marcado para dia 6 de outubro.