Recorde as incidências do encontro
Simon Mannix (selecionador do Portugal):
“Tem sido um enorme trabalho de reconstrução num curto período de tempo. Estou feliz por alguns jogadores jovens terem feito parte desta experiência, mas temos muito trabalho pela frente. Tudo correu a nosso favor e qualificámo-nos muito facilmente, para ser sincero. Mas temos de ser muito melhores. Vamos trabalhar muito e melhorar muito. O objetivo será sermos melhores a cada semana.
Ficámos muito desapontados na semana passada (vitória por 40-30 frente à Bélgica), fomos muito melhores hoje (domingo), mas temos de ser ainda melhores para a semana (na visita à Roménia). Temos uma viagem duríssima pela frente, vai ser um desafio massivo para nós, em termos mentais. Mas tornámos isto fácil. Não há repescagens, não há penalidades no último segundo para decidir o apuramento. E isto foi feito num período de tempo muito curto. Agora temos de nos concentrar em construir e melhorar, porque para competir ao mais alto nível temos uma grande evolução para conseguir.
Dois anos (até ao Mundial-2027) passam muito rápido. Cada jogo conta, não temos tempo nenhum juntos, mas estamos lá, estamos na Austrália e isso são ótimas notícias para o râguebi português.
Estou muito otimista quanto ao potencial desta equipa para conseguir algo no Mundial. Mas não quero que o Mundial seja um caso único, temos de conseguir prestações consistentes a um nível elevado. E, depois, podemos começar a falar sobre construir coisas”.
Tomás Appleton (capitão de Portugal):
“Fico muito feliz que as pessoas achem que (Portugal apurar-se para o Mundial) é uma coisa normal, mas isto é um processo que vem de muito trabalho, muita dedicação de muitos jogadores. Para uma equipa que não é 100% profissional envolve muita dedicação abdicar de muita coisa e estamos muito felizes por fazer, mais uma vez, parte da elite.
Obviamente, que é um momento histórico para o râguebi português. Estivemos presentes em 2007, foi um momento histórico para Portugal, estivemos em 2023 e agora é a confirmação e isto tem de ser o processo que queremos construir. Neste momento temos uma base sólida para o futuro. Estarmos presentes em dois mundiais vai trazer um boost enorme ao râguebi português e se esta equipa for a chama que mete este desporto a arder, é o que nós queremos.
Queremos ser ambiciosos e isso é um problema da ambição, é que só cresce. Se formos ao Mundial de 2027 e ganharmos às Fiji, já é banal. Parece que estou a brincar, mas não estou. Isto vai sempre crescendo e a expectativa vai sendo cada vez maior. Nós vamos querer continuar a ganhar, a marcar uma posição no râguebi mundial. Ainda bem que temos dois anos para preparar este Mundial, ao contrário da última vez (em que Portugal se qualificou apenas 10 meses antes), e o nosso objetivo é voltar a chocar o mundo e quem sabe (o que pode acontecer?)”.
José Madeira (jogador de Portugal):
“Desta vez foi menos emocionante, mas ainda bem que nos qualificámos aqui em casa, que era o nosso grande objetivo, e levar o povo todo e o râguebi português novamente ao Mundial. É excelente para nós.
No último Mundial a qualificação foi conseguida já muito perto, tivemos menos tempo para trabalhar tudo o que queríamos. Com dois anos de distância podemos fazer muito melhor do que fizemos e trabalhar todos os ângulos para estarmos presentes no Mundial com outra face.
Agora estamos contentes com a qualificação. Os objetivos (para o Mundial2027), ainda vamos traçá-los, com seriedade, e até lá vai ser sempre a trabalhar".
Nicolas Martins (jogador de Portugal):
“Foi muito importante para nós (qualificar com dois anos de antecedência), agora podemos preparar bem o Mundial. Precisávamos disso, merecíamos isso e agora é começar a trabalhar. Temos de recolocar Portugal no nível que esteve antes com o Patrice (Lagisquet, selecionador de Portugal no Mundial de França2023). Temos de trabalhar para isso.
Já fizemos história ao qualificar-nos para o Mundial pela segunda vez consecutiva, agora não sei o que podemos fazer melhor. Queremos ganhar mais jogos e qualificar-nos diretamente para os Estados Unidos (Mundial-2031).
Agora queremos vencer a Roménia (na terceira jornada do Europeu). É esse o objetivo, não queremos jogar a meia-final na Geórgia, queremos jogar novamente neste estádio, perante os nossos adeptos".