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Râguebi: Matt Sherratt, treinador do País de Gales, quer que a equipa se divirta depois da série de derrotas

Matt Sherratt, treinador interino do País de Gales
Matt Sherratt, treinador interino do País de GalesDAN MULLAN / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
O treinador interino do País de Gales, Matt Sherratt, está pronto para começar a trabalhar para acabar com a série de 14 derrotas consecutivas, mas, aconteça o que acontecer no resto do Torneio das Seis Nações, não vai procurar o cargo numa base permanente.

A saída do antigo treinador Warren Gatland, por mútuo consentimento, na terça-feira, levou a que Sherratt fosse destacado do seu cargo de treinador principal dos Cardiff Blues para os restantes três jogos do País de Gales nas Seis Nações, a começar por um confronto em casa contra a campeã Irlanda, a 22 de fevereiro.

"Assinei um contrato de longa duração com o Cardiff", disse Sherratt aos jornalistas.

"Não é (o cargo de treinador principal permanente) algo a que me vou candidatar. Gostaria de ajudar a equipa, de dar o meu melhor pelo râguebi galês. A sério, soube às 20:00 de ontem (segunda-feira). Tive duas reuniões com o Cardiff hoje e saí a correr do campo de treinos para vir para aqui", acrescentou.

Sherratt, e o treinador que lhe suceder, conhecem os enormes desafios que a jovem equipa tem pela frente e sabem que não há uma solução rápida para a sua má forma.

"Vou ser sincero, parece um pouco como quando comecei no Cardiff. Eles estavam em baixa. É uma questão de mentalidade", disse Sherratt.

"Será difícil mudar as coisas em termos táticos. Mas podemos conseguir uma mudança de mentalidade. Não importa o tipo de tática que se ponha em campo se houver falta de crença ou medo. O primeiro passo é que os jogadores estejam realmente entusiasmados para entrar em campo", acrescentou.

Sherratt conduziu o Cardiff a um impressionante quinto lugar na tabela do United Rugby Championship de 16 equipas até ao momento nesta época e ainda estará no comando para a viagem de sábado à equipa irlandesa Connacht.

"Não vou entrar e pensar demasiado. Estou bastante decidido sobre a forma como gosto de jogar. Não vai ser diferente do que faço em Cardiff", disse.

"É nisso que acredito. Acho que temos o dever de fazer com que as pessoas gostem de ver râguebi. Levei o meu filho a ver três jogos no ano passado. Levei-o a um jogo do Liverpool e ele adorou, a um jogo de críquete e ele adorou. E a um jogo de râguebi e ele pediu para sair ao fim de 50 minutos. Estou numa fase da minha carreira em que é importante para mim que as pessoas gostem de ver uma equipa. Não à custa de perder, mas vamos optar pela opção mais corajosa. Se eu for lá (ao balneário) e disser que estamos a dar o nosso melhor, perdemos a sala imediatamente", defendeu.

Depois do jogo contra a Irlanda, o País de Gales desloca-se a Murrayfield para defrontar a Escócia, a 8 de março, e recebe a Inglaterra em Cardiff para o último jogo das Seis Nações, uma semana depois.