“Continuaremos os nossos contactos com o Comité Olímpico Internacional (COI) para defender os interesses dos nossos atletas e da nossa equipa olímpica. Teremos de investir tempo e esforços adicionais para normalizar este problema”, declarou um representante do Kremlin.
Os diversos candidatos à presidência do COI, em ato eleitoral marcado para março, têm defendido visões distintas quanto ao regresso da Rússia aos grandes palcos do desporto internacional, primeiramente afastada devido a um grande escândalo de doping patrocinado pelo Estado e posteriormente pela invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, situação que ditou igualmente o afastamento dos atletas da cúmplice Bielorrússia.
Em janeiro de 2023, o COI recomendou a autorização de participação de atletas individuais russos em diversas competições – os desportos coletivos ficaram fora deste aconselhamento -, desde que o fizessem sob bandeira neutra, sem direito a ouvir o seu hino e apenas com a condição de não terem apoiado a guerra ou estarem ligados às forças armadas russas.
Foi assim que 15 competidores russos participaram nos Jogos Olímpicos Paris-2024, número bastante inferior aos 209 que competiram nos Jogos de Inverno Pequim-2022.
Como resposta ao isolamento internacional a que foi vetada, a Rússia anunciou a criação dos Jogos Mundiais da Amizade, para depois de Paris2024, contudo Vladimir Putin decidiu adiar, indefinidamente, o evento, dada a falta de interesse dos atletas internacionais.
Entretanto, na terça-feira a Federação Internacional de Hóquei no Gelo reiterou a exclusão da Rússia e Bielorrússia das suas provas até, pelo menos, maio de 2026, altura em que voltará a reavaliar a situação.
Os Jogos de Inverno de 2026 vão decorrer entre 06 e 22 de fevereiro em Milão e Cortina d'Ampezzo.