Segundo o comité olímpico russo, este indeferimento é “uma discriminação sem precedentes”, sujeitando os atletas daquele país a “critérios humilhantes” para participarem, de forma neutra, nos Jogos Olímpicos Paris-2024.
Moscovo acusa o TAS de “ignorar argumentos legais numerosos” que foram invocados, chamando àquele tribunal de Lausana, na Suíça, de “instrumento político” do Ocidente.
“O COI está satisfeito que o TAS tenha confirmado a decisão do seu Conselho Executivo de outubro de 2023, quanto à suspensão do comité russo”, pode ler-se num curto comunicado do organismo de cúpula do movimento olímpico mundial.
O TAS indeferiu esta sexta-feira o recurso apresentado pelo comité russo, após a suspensão decidida pelo executivo do COI em 12 de outubro de 2023, validando a decisão da organização internacional como acertada e mantendo a sanção, considerando que esta “não violou os princípios da legalidade, igualdade, previsibilidade ou proporcionalidade”.
O COI tomou esta medida sancionatória depois de o comité russo ter incluído entre os seus membros algumas organizações desportivas regionais que estão sob a autoridade do Comité Olímpico Ucraniano.
A suspensão retirou o direito do ROC de receber financiamento do COI, mas não afetou nenhum russo que esteja a competir em desportos internacionais como atleta neutro.
Um atleta russo que se apresente sob bandeira neutra pode competir, incluindo em muitos eventos de qualificação para os Jogos Olímpicos Paris-2024, como parte de uma iniciativa apoiada pelo COI.
Terá ainda que cumprir com outros requisitos, como não ter nunca apoiado a invasão russa da Ucrânia, no centro de toda a questão, ou ter pertencido às forças armadas da Rússia.
O comité russo pode recorrer da decisão do TAS ao Supremo Tribunal Suíço.