O pontapé de saída da 15.ª jornada trouxe a nona alteração de treinador na Liga. Feitas as contas e com ainda mais duas rondas de jogos até ao final da primeira volta, foram já sete os clubes que fizeram mudanças no banco de suplentes desde o início da temporada 2022/23.
Vitória de Guimarães: Pepa – Moreno Teixeira
A primeira mudança de treinadores num clube da Liga aconteceu ainda antes do primeiro jogo oficial. A 12 de julho de 2022, o Vitória de Guimarães anunciou a saída de Pepa, isto quando faltava uma semana para o duelo com o Puskás Akademia, da segunda pré-eliminatória da Liga Conferência. António Miguel Cardoso, presidente dos vimaranenses, justificou a mudança com o facto do treinador de 41 anos ter “excedido os limites”. Moreno Teixeira, então timoneiro da equipa B, acabou por assumir o lugar lidera o atual sexto classificado da Liga.
Marítimo: Vasco Seabra – João Henriques – José Gomes
Penúltimo classificado da Liga, o Marítimo é a equipa que, até ao momento, mais treinadores diferentes teve. O conjunto da Madeira arrancou a temporada com Vasco Seabra, que deixou o clube à quinta jornada, com cinco derrotas contabilizadas. Seguiu-se João Henriques que, apesar de ter garantido a única vitória até ao momento (diante do Paços de Ferreira) não resistiu e foi rendido por José Gomes em dezembro.
Famalicão: Rui Pedro Silva – João Pedro Sousa
Rui Pedro Silva foi a terceira vítima da afamada chicotada psicológica. O treinador de 45 anos deixou o Famalicão à sétima jornada com apenas uma vitória em sete jogos e depois de três derrotas consecutivas. Para o seu lugar chegou João Pedro Sousa, que já havia passado pelo clube entre 2019 e 2021, e que em 13 partidas soma já seis triunfos (três empates e quatro desaires).
Paços de Ferreira: César Peixoto – José Mota – César Peixoto
É um caso pouco habitual no futebol português. Única equipa sem qualquer vitória em jogos oficiais na Liga, o Paços de Ferreira já mudou três vezes de treinador, mas só teve dois técnicos diferentes. É que César Peixoto, demitido à nona jornada (dois empates e sete derrotas), regressou em janeiro de 2023 para comandar os castores. Pelo meio, José Mota contou com um regresso pouco feliz à Mata Real em que perdeu os quatro jogos realizados na Liga e o melhor que conseguiu foram dois empates na Taça da Liga.
Gil Vicente: Ivo Vieira – Daniel Sousa
Depois do histórico apuramento para as competições europeias, o Gil Vicente atravessa uma temporada mais aflitiva. 16.º classificado, o conjunto de Barcelos já foi obrigado a fazer uma mudança no banco de suplentes. Ivo Vieira começou a época, mas saiu ao fim de 11 jornadas, com apenas dois triunfos. Daniel Sousa, de 38 anos, foi a aposta em novembro e, para já, parece ser a escolha certa com três vitórias em cinco jogos. Pelo meio, Carlos Cunha, dos sub-23, fez três jogos que somou por derrotas.
Vizela: Álvaro Pacheco – Tulipa
É, talvez, a mudança mais surpreendente desta lista. Carismático com a boina que se tornou imagem de marca, Álvaro Pacheco supervisionou a subida do Vizela do Campeonato de Portugal à Liga, mas deixou o clube em novembro de 2022 por “divergência de opiniões em relação ao projeto desportivo”. Manuel Tulipa, que estava nos sub-23, acabou por assumir o lugar e, para já, soma uma vitória no único jogo que fez para a Liga (3-0 no dérbi com o Vitória de Guimarães).
Santa Clara: Mário Silva
Janeiro de 2023 trouxe a nona mudança de treinador. Mário Silva não resistiu a uma sequência de seis jogos sem vencer (cinco derrotas e um empate) e deixa o Santa Clara no 15.º lugar do campeonato.