Sérgio Conceição: “Bombo, ópera, os adeptos querem é ganhar”

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Sérgio Conceição: “Bombo, ópera, os adeptos querem é ganhar”

Sérgio Conceição pragmático antes do jogo
Sérgio Conceição pragmático antes do jogoAFP
O treinador do FC Porto regressou às conferências de imprensa, depois de não ter falado com os jornalistas antes e depois dos duelos com Chaves e Estoril. Reiterou a ambição para o duelo da Liga dos Campeões diante do Inter de Milão.

Três semanas após a derrota no Giuseppe Meazza, o FC Porto volta a encontrar o Inter, desta feita no Estádio do Dragão, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. Em conversa com os jornalistas, Sérgio Conceição confirmou que João Mário está fora da partida e reiterou a ambição em virar o resultado para seguir em frente para os quartos de final.

“Não existem jogos iguais, só vão estar os mesmos clubes em campo. Dentro daquilo que é a estrutura do Inter, em termos de equipa, vai sempre depender dos jogadores que entrarem. Não sei se vai estar o Skriniar, ou se é o Darmian a central, com o Dumfries na lateral-direita. O Gosens ou Dimarco são diferentes na forma como atacam. Lukaku e Dzeko têm movimentações diferentes. É mais por aí. Depois o jogo também vai depender do que fizermos e para onde o queremos levar estrategicamente. Vai ser muito equilibrado, muito difícil, diante de uma equipa recheada de bons jogadores que jogam em seleções conceituadas. Nós temos noção das dificuldades, conhecemos o adversário, mas também sabemos, e isso é o mais importante, aquilo que somos capazes e é isso que queremos: uma equipa intensa, pressionante, agressiva e inteligente no jogo. Estamos a meio de uma partida que estamos a perder, não nos podemos esquecer disso”, disse, não querendo falar numa hipotética mudança a nível tático: “É preciso perceber que o Inter tem sempre muita gente por dentro, três centrais, três médios e dois avançados, são oito jogadores. Mas nós preparamos o jogo de acordo com o que penso que é melhor para nós. Eu acho que nestes jogos de grande nível temos de atuar na forma como nos sentimos mais confortáveis, porque se mudamos muito ou nos adaptamos ao adversário, a coisa não corre muito bem. Além disso, os três médios podem acontecer com um segundo avançado ou um ala que jogue mais por dentro, não vou revelar muito mais”.

O treinador do FC Porto deixou, também, um apelo à paciência de jogadores e adeptos.

"É importante. Estamos a meio de um jogo, temos 90 minutos para tentar virar este resultado. Temos de ser inteligentes no jogo. Se isso tem a ver com a paciência ou irmos à procura de uma forma mais agressiva à procura do resultado mais rapidamente... Qualquer uma dela pode resultar dependendo da estratégia definida", explicou.

Questionado sobre as exibições mais cinzentas da equipa nas últimas partidas. Sérgio Conceição voltou a ser confrontado com a analogia do bombo, após a vitória em Chaves e deixou uma reflexão.

É a mesma questão da posse de bola. Qual é a melhor forma de ferir o adversário e fazer golo? Tenho de olhar e ver as características dos meus jogadores. Gostam de posse de bola, ou chegar em dois, três passes à baliza? Para mim pode ser muito bonito essa forma, para outra pessoa pode ser mais bonito com 70 passes e a mim dá-me alguma sonolência. Da impressão que eu tenho dos nossos ouvintes, os adeptos do FC Porto, é que querem ganhar. Com bombo, ópera, concertina ou violino, é completamente igual. É como para mim”, frisou.

Pode acompanhar o relato na aplicação ou no site
Pode acompanhar o relato na aplicação ou no siteFlashscore

Ausente das conferências de imprensa desde a derrota com o Gil Vicente. Sérgio Conceição foi questionado sobre essa situação.

“Nessa derrota com o Gil Vicente viram o que se passou com o jogo e o difícil que foi ganhar naquelas circunstâncias. Eu podia ter feito mais, os jogadores também, a equipa de arbitragem também. Já passou e estou concentrado amanhã. O ruído tem a ver com que se fala do futebol português e não de futebol, que para isso estou sempre cá disponível para falar”, atirou, lembrando as palavras de Pinto da Costa: “É o que presidente diz: às vezes calados fazemos um belo discurso”.

A ligação por Itália, a paixão pela Alemanha

O reencontro de Sérgio Conceição com equipas italianas deixa sempre no ar o eventual regresso do treinador do FC Porto ao país transalpino, desta feita para comandar uma equipa. Questionado sobre se identificava mais com o futebol da Serie A, o português assumiu a ligação emocional, mas falou numa paixão alemã.

O meu crescimento e da equipa técnica tem que ver com os desafios que vamos tendo diariamente, com jogadores de qualidade, com mudanças no plantel que são normais e naturais, o ter que fugir aquilo que eu gosto como sistema de jogo e ir à procura de outras situações de acordo com os jogadores que temos disponíveis, extrair o potencial ao máximo, tirá-los da zona de conforto, isso é que faz com que o treinador cresça. Eu quero continuar a aprender até ao fim da vida. Se me perguntar qual é o futebol que mais gosto de ver é o alemão, nem é o italiano. Tenho uma paixão grande por Itália, porque passei os anos mais bonitos da minha carreira como jogador, daí essa ligação a Itália”, concluiu.