O norueguês promoveu-se da prata em Istambul-2023 para o ouro ao completar as sete provas com um total de 6.558, melhorando o seu melhor registo continental, que era de 6.484 desde fevereiro, quando aumentou em cinco pontos o anterior pecúlio, do recordista mundial do decatlo Kevin Mayer, desde 2017.
Este foi o segundo recorde europeu dos campeonatos, depois do estabelecido pela suíça Ditaji Kambundji (7,67 segundos), nos 60 metros barreiras, na sexta-feira.
A primeira final do dia estava destinada a encontrar o sucessor no triplo salto do bicampeão Pedro Pablo Pichardo, ausente para preparar o Mundial ao ar livre, ficando a medalha de ouro entregue a um amigo do recordista português.
O título do triplo reverteu para italiano Andy Díaz, bronze em Paris-2024, atrás de Pichardo e do também ausente espanhol Jordan Díaz, com um voo a 17,71, no quinto salto, então destronando os 17,43 que faziam do alemão Max Hess o melhor do mundo este ano.
A suíça Angelica Moser reconquistou o ouro no salto com vara, depois do triunfo em Torun-2021, ao passar com uma única tentativa a fasquia colocada a 4,80 metros, impondo-se à eslovena Tina Sutej (4,75) e à francesa Marie-Julie Bonnin (4,70).
No salto em altura, o jovem ucraniano Oleh Doroshchuk, de 23 anos, confirmou o favoritismo, arrecadando a medalha de ouro, com os 2,34 do seu recorde pessoal, igualmente melhor marca mundial do ano.
Depois da prata nos últimos campeonatos, a italiana Larissa Iapichino reinou no salto em comprimento, com 6,94, mais quatro centímetros do que a suíça Annik Kälin, segunda classificada, e mais seis do que a favorita alemã Malaika Mihambo, que não foi além de um salto a 6,88.
Aos 23 anos, o britânico Jeremiah Azu, descendente de ganeses, nascido nos Países Baixos e crescido nos Países Baixos, conquistou o título de homem mais rápido destes campeonatos, com o tempo de 6,49, ao gastar menos três centésimos do que o sueco Henrik Larsson (6,52), segundo classificado depois do bronze em Istambul-2023, e menos seis do que o seu compatriota Andrew Robertson (6,55), terceiro.
O húngaro Attila Molnár sagrou-se campeão dos 400 metros, com o tempo de 45,25 segundos, numa distância em que a neerlandesa Lieke Klaver, prata em Istambul-2023 atrás da compatriota agora ausente das provas individuais Femke Bol, levou a Arena Omnisport Apeldoorn ao rubro, ao ser a mais rápida nas duas voltas, no encerramento da jornada, em 50,38, a melhor marca europeia do ano.
O medalheiro da 38.ª edição dos Campeonatos da Europa de atletismo em pista curta é liderado pela Suíça, com quatro metais, dois de ouro e outros tantos de prata, à frente da Itália, que tem cinco, igualado nos títulos, mas com dois bronzes e um segundo lugar.
Portugal segue no 13.º posto, com duas medalhas, uma de prata e outra de bronze, ambas conquistadas na sexta-feira, nos 1.500 metros.