O anterior recorde, de 1.54,00 minutos, pertencia ao norte-americano Ryan Lochte desde 2011, sendo agora finalmente batido por um Marchand que já tinha a segunda melhor marca de sempre (1.54,06) e que baixou o tempo recorde em mais de um segundo nas meias-finais da distância.
Antes de hoje, só quatro nadadores tinham baixado dos 1.55, o próprio gaulês, Lochte, o lendário Michael Phelps e o chinês Wang Shun – agora, Marchand não só é o único abaixo de 1.54, como também o único abaixo de 1.53, aumentando a expectativa para o que ainda poderá conseguir.
O francês, de 23 anos, é uma das grandes estrelas mundiais da natação da atualidade, após quatro ouros nos Jogos Olímpicos Paris-2024, quando venceu os 200 bruços, 200 mariposa, 200 estilos e 400 estilos, além de um bronze na estafeta 4x100 estilos.
“Sentia-me muito bem hoje, a preparação tem sido boa. Mas é inacreditável. (...) Tem sido uma temporada dura para mim, mas estou feliz por cá chegar e conseguir fazer isto”, declarou, pouco depois de fazer história.
Nas meias-finais, o norte-americano Shaine Casas teve o segundo melhor tempo, 1.55,13, um dos 25 melhores de sempre, e o britânico Duncan Scott foi terceiro, com 1.55,51.
Marchand procurará o sexto ouro da carreira em Mundiais na final de quinta-feira.
Nos 800 livres, o tunisino Ahmed Jaouadi fixou o terceiro melhor tempo de sempre, com 7.36,88 minutos, deixando para trás um duo de alemães, Sven Schwarz, segundo, com 7.39,96, e Lukas Märtens, terceiro, com 7.40,19.
O jovem de 20 anos vingou o quarto lugar nos Jogos Olímpicos Paris-2024 e, acima dele, na história, tem apenas um compatriota, Oussama Mellouli, que fez 7.35,27 em 2009, durante a era dos superfatos em que também o chinês Zhang Lin fixou a melhor marca de sempre, uns aparentemente inalcançáveis 7.32,12.
A australiana Mollie O’Callaghan somou o segundo ouro nestes campeonatos ao vencer os 200 livres com 1.53,48 minutos, prosseguindo o regresso triunfante após uma lesão, este ano, que a afetou, batendo a chinesa Li Bingjie (1.54,52), segunda, e a norte-americana Claire Weinstein (1.54,67), terceira.
Para O’Callaghan, é o nono tempo mais rápido de sempre, e o quarto a título pessoal, somando o 10.º ouro da carreira em Mundiais de piscina longa, a que se somam oito medalhas olímpicas, cinco delas douradas.
O italiano Simone Cerasuolo reinou numa final dos 50 bruços em que ninguém baixou dos 26,50 segundos, com os 26,54 a permitirem-lhe deixar no segundo lugar o russo Kirill Prigoda, com 26,62, e o chinês Qin Haiyang em terceiro, com 26,67.
É a primeira medalha em piscina de 50 metros para o transalpino de 22 anos, que soma cinco na piscina curta, num quarto dia de campeonatos, em oito, em que também o norte-americano Luca Urlando se estreou.
Nos 200 mariposa, Urlando nadou em 1.51,21 minutos, único abaixo de 1.52, e relegou para segundo o polaco Krzysztof Chmielewski e para terceiro o australiano Harrison Turner.
Nas meias-finais da prova rainha da natação, os 100 livres, o norte-americano Jack Alexy estabeleceu um novo recorde das Américas, com 46,81 segundos, relegando o favorito David Popovici para segundo, com o romeno a parar o relógio em 46,84.
Nesta distância, em que Alexy se tornou o terceiro homem mais rápido de sempre, a surpresa foi o afastamento da final do chinês Pan Zhanle, recordista mundial com 46,40.
