O presidente do COI, Thomas Bach, e o presidente da Comissão de Finanças, Ser Miang Ng, rubricaram o "contrato de sede" logo após a reunião do Conselho Executivo marcada para a tarde, disse aos jornalistas Christophe Dubi, diretor executivo do organismo olímpico para os Jogos.
"É um dia muito simbólico para nós", disse Dubi, apesar de a assinatura deste documento-chave ter estado em suspenso - um acontecimento altamente invulgar - desde que os Jogos Olímpicos de Inverno 2030 foram atribuídos aos Alpes franceses em julho passado, pouco antes da abertura dos Jogos de Paris.
Segundo Dubi, as condições impostas pelo COI para o verão de 2024 "estão preenchidas, com garantias adicionais dadas recentemente pelo primeiro-ministro francês François Bayrou e pelos presidentes das duas regiões envolvidas, Auvergne-Rhône-Alpes e Provence-Alpes-Côte d'Azur".
A carta de garantia de François Bayrou, datada de 14 de março, prevê uma contribuição estatal de "até 362 milhões de euros", a acrescentar ao orçamento do Comité Organizador, que deverá ultrapassar os 2 mil milhões de euros. Este documento não pôde ser disponibilizado mais cedo devido à dissolução da Assembleia Nacional e às consequentes dificuldades na formação de um governo.
Na mesma carta, o primeiro-ministro confirma que o Estado francês prestará uma garantia de 500 milhões de euros "em caso de anulação total ou parcial do evento" e 70 milhões de euros para empréstimos bancários, uma rubrica votada no orçamento para 2025.
O contrato de cidade anfitriã deixa vários pontos por resolver - incluindo o mapa de locais e os eventos desportivos selecionados - mas "significa que estamos agora a trabalhar oficialmente, entre o COI e o Comité Organizador, embora, claro, já tivéssemos começado", explicou Christophe Dubi.
Do lado francês, a menos de cinco anos do evento, a nomeação do diretor executivo do Comité Organizador dos Jogos Olímpicos de 2030 foi adiada na segunda-feira para 14 de abril, após um processo já longo em torno do seu presidente, Edgar Grospiron.