"Sempre fui claro em relação a contar histórias no meu repertório e na história da minha música... Gosto de fazer as pessoas ouvirem, mas também de as fazer pensar", disse o artista californiano numa entrevista realizada em Nova Orleães pelo patrocinador do evento, a Apple Music.
Lamar, 37 anos, foi escolhido como cabeça de cartaz do espetáculo do intervalo do jogo Kansas City Chiefs-Philadelphia Eagles, para o qual anunciou a cantora SZA como convidada especial.
O rapper subirá ao palco do Caesars Superdome, em Nova Orleães, depois do seu sucesso nos Grammy Awards de domingo, onde arrecadou cinco prémios.
Um deles foi o de Canção do Ano por Not Like Us, lançado em maio de 2024 e que marca um novo episódio na sua batalha com o rival Drake, desta vez envolvendo alegações de pedofilia.
As alegações levaram o cantor canadiano a apresentar um processo no mês passado contra a Universal Music Group, a editora discográfica que ambos partilham, alegando que o lançamento e a promoção da faixa constituíam difamação e assédio contra ele.
Uma das grandes questões que se colocam no domingo é se Lamar vai interpretar a canção no seu espetáculo. O músico não abordou diretamente a questão na sessão de quinta-feira e disse que está "apenas a pensar na cultura".
"Quando as pessoas falam de rap, falam como se fosse apenas rap, não como se fosse uma verdadeira forma de arte", alertou.
Olhando para trás, para os seus primeiros dias, Kendrick disse que nunca teria imaginado que seria o artista principal de uma Super Bowl, embora já fizesse parte do espetáculo ao lado de outros artistas de hip hop proeminentes em 2022.
"O que eu sei é que a paixão que tenho agora continua a ser a paixão que tinha na altura", recordou.
Lamar é reconhecido como um dos compositores mais impactantes da sua geração, com versos que abordam problemas sistémicos da sociedade americana, como o racismo e a pobreza estrutural.