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Paris-2024: Os melhores surfistas do mundo fazem ensaio geral em Teahupo'o

Eliott Lafleur/AFP
A torre do júri no fim de semana passado.
A torre do júri no fim de semana passado.JEROME BROUILLET/AFP
Os melhores surfistas do mundo competem a partir desta quarta-feira na "onda perfeita", o temível e majestoso spot de Teahupo'o, no Taiti, na etapa anual do pro tour.

"É um dos melhores locais do mundo, é muito especial surfar aqui. Quando se está no tubo e se vê o fundo do mar, a paisagem à nossa frente, a sensação é incrível. É uma onda perfeita", disse John John Florence à AFP.

Bicampeão mundial (2016, 2017), o americano de 31 anos, de cabelo louro encaracolado, regressa todos os anos, desde adolescente, para tentar domar a "mandíbula de Hava'e" e participar no Tahiti Pro.

Desde 1997, esta etapa do Championship Tour reúne os melhores surfistas, que sonham em vencer aqui, não só para ganhar pontos no ranking com vista à conquista do título mundial, mas também pelo ambiente "único " que o local oferece.

"Há muita energia positiva e poder quando se está no local. Esta onda faz o que quer e estamos lá apenas para a desfrutar. Não há muitos outros sítios como este", diz Florence, um dos favoritos para os Jogos Olímpicos do próximo verão.

Torre em estreia

Antes de ser uma onda mundialmente famosa, Teahupo'o é, antes de mais, uma pequena aldeia paradisíaca no sudoeste da península do Taiti. Todos os anos, algumas centenas de habitantes acolhem os atletas e as suas equipas nos seus bungalows de madeira.

A estrada, que foi totalmente reconstruída, pára bruscamente à medida que se aproxima da aldeia, dando lugar a uma vegetação luxuriante, casas e um punhado de tabernas. O acesso ao local, a cerca de 500 metros da costa, faz-se de barco ou de jet-ski. Os surfistas de todo o mundo foram conquistados por este lugar no início dos anos 2000, depois de ter aparecido numa revista uma fotografia do americano Laird Hamilton a montar a sua prancha dentro de um tubo translúcido.

O comité organizador de Paris-2024 foi seduzido por esta paisagem de postal em 2021, quando Teahupo'o foi designado como local da prova olímpica, o que gerou tanto entusiasmo como preocupação entre a população local. Após meses de controvérsia, uma nova torre de juízes em alumínio foi instalada na lagoa e será utilizada pela primeira vez pela World Surf League durante a fase CT, de 22 a 31 de maio, antes de ser utilizada para os Jogos.

Adeus de Slater

"Fizemos as coisas bem: a torre foi baptizada da forma tradicional, na presença de um sábio taitiano e de um padre. A situação aqui está agora mais calma", disse à AFP Max Wasna, presidente da federação taitiana de surf e filho de Teahupo'o.

Este "magnífico ensaio" antes dos Jogos Olímpicos serve tanto para beneficiar a federação como a famosa "patrulha da água", um grupo de anjos da guarda de Teahupo'o que usa jet-skis para recolher surfistas profissionais em perigo após quedas perigosas no coral.

Ninguém pode afirmar que domou completamente esta poderosa onda, mas alguns surfistas conseguem melhor do que outros coexistir com os seus rolos de choque. Quase todos eles estarão presentes durante o Tahiti Pro. John John Florence, mas também o brasileiro Gabriel Medina, tricampeão mundial, bem como a lenda do desporto Kelly Slater, eliminado do circuito profissional este ano aos 52 anos e tendo beneficiado de um convite para tentar ganhar uma sexta presença no Taiti.

Na prova feminina, proibida de participar até 2023 pelos organizadores que invocaram a perigosidade do spot, a havaiana Carissa Moore, a australiana Molly Picklum e a taitiana Vahine Fierro - a representante francesa nos Jogos Olímpicos -, são favoritas.