"Pensamos nisso a toda a hora. Isso deixa-nos um pouco ansiosos. Não estou a falar apenas de mim, porque, de certa forma, habituei-me ao sistema e passei pelo pior. Fui capaz de voltar e resolver o problema, o que me dá a sensação de que nada me pode parar", disse Swiatek numa conferência de imprensa antes da sua estreia no torneio WTA 1000 na capital espanhola.
"Também falo das outras jogadoras: não é fácil, todo o sistema é muito duro. Todos os dias, quando viajamos, temos de dizer onde estamos. Se nos esquecermos, corremos o risco de ser declarados 'ausentes' e, após três ausências, somos penalizados. É muita pressão, não é fácil de gerir, mas é assim que as coisas são", explicou, referindo-se, por exemplo, à exigência de os atletas estarem a ser permanentemente localizados.
No final do ano passado, a Agência Mundial Antidopagem (AMA) decidiu não recorrer da suspensão de um mês imposta a Swiatek na sequência de um teste positivo a trimetazidina, um medicamento proibido para o coração. Em meados de fevereiro, a AMA assinou também um acordo com o líder do ranking masculino, o italiano Jannik Sinner, que acusou positivo a um anabolizante em março de 2024, mas alegou contaminação acidental. Suspenso por três meses, o ciclista voltará a competir no Masters 1000 de Roma (7 a 18 de maio).
A forma como foram tratados os casos Swiatek e Sinner suscitou críticas, nomeadamente do antigo número um mundial Novak Djokovic. O campeão sérvio com 24 títulos do Grand Slam denunciou as "incoerências" do sistema no tratamento das grandes estrelas e dos jogadores menos cotados. Na quinta-feira, Iga Swiatek vai jogar o seu primeiro encontro em Madrid contra a promissora filipina Alexandra Eala, de 19 anos e 72.ª do ranking mundial, que a derrotou há quase um mês nos quartos de final do WTA 1000 de Miami.