Não se trata de uma exigência nova, mas é a primeira vez que os tenistas se levantam para exigir uma distribuição mais justa dos lucros nos quatro torneios mais importantes do circuito.
De acordo com o L'Équipe, os tenistas consideram que a distribuição ainda é insuficiente em comparação com outras grandes competições desportivas, como a NBA. Na liga americana de basquetebol, os jogadores têm garantidos 50% das receitas geradas pela liga durante a época.
De acordo com os meios de comunicação social franceses acima referidos, no caso de Roland Garros, a organização distribuiu 53,478 milhões de euros na época passada, um pouco menos de 16% das receitas previstas de 338 milhões de euros para a edição de 2024.
Os jogadores de ténis consideram que não estão a receber a sua parte justa, depois de os estádios terem registado um aumento de 10% na assistência em relação a 2023.
A carta surge apesar de o dinheiro atribuído aos vencedores do Grand Slam em 2024 ter sido 54% superior ao de 2022 para os finalistas, 60% para os semi-finalistas e 40% para os vencedores da primeira ronda. Os torneios acima mencionados distribuíram 230,3 milhões de euros no ano passado, em comparação com 209,4 milhões em 2023, o que ainda não é suficiente para os jogadores do circuito.
Esta carta surge algumas semanas depois de o PTPA, o sindicato criado por Novak Djokovic, ter processado as organizações por práticas abusivas. Neste caso, houve jogadores como Alcaraz que se mostraram relutantes em assinar, mas na carta em que exige rendimentos mais elevados nos majors, o L'Équipe garante que os 20 melhores do mundo estão presentes.