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Alex de Minaur quer chegar ao Top 5 em 2025: "Nunca satisfeito"

Alex de Minaur reforça evolução construtiva da sua carreira
Alex de Minaur reforça evolução construtiva da sua carreiraMARK EVANS / EPA / Profimedia
Depois de encerrar 2024 na nona posição do ranking da ATP, o tenista australiano Alex de Minaur começa a temporada 2025 este sábado, em Sidney, e quer aproximar-se "o máximo possível" do Top 5 do ténis mundial.

Às vésperas dos primeiros torneios da temporada, preparatórios para o Open da Austrália (11 a 26 de janeiro), De Minaur declarou em entrevista concedida em Londres à AFP, no início de dezembro, que "nunca está satisfeito" e que sua "fome para melhorar" é o seu "combustível diário".

- Três quartos de final em Grand Slam, dois títulos e Top 10. Como você explica o seu sucesso em 2024?

- Acho que toda a minha vida e toda a minha carreira foram construídas em pequenos passos. O sucesso não vem de uma só vez, exige muito trabalho. Eu tento analisar constantemente o meu jogo para me tornar a melhor versão de mim mesmo. Em 2024, dei sem dúvida o maior passo ao entrar no Top 10. Era um dos meus objetivos.

- Em quais aspetos do seu jogo trabalhou para 2025?

- Nada extraordinário. Eu concentrei-me em melhorar o meu serviço para tentar ganhar um pouco mais de pontos de graça. Claramente melhorei a velocidade dos meus  serviços, agora tenho de tentar ganhar massa muscular e condicionamento físico para ser mais competitivo contra os melhores.

- Ainda não conseguiu vencer Carlos Alcaraz (n.° 3) nem Jannik Sinner (n.° 1).

- Contra Carlos só joguei duas vezes: na primeira (em Barcelona, 202)), tive dois match points; na segunda (Queen's en 2023), o jogo escapou um pouco, mas foi um bom duelo. Jannik, no entanto, foi muito mais difícil para mim (nove confrontos e nove vitórias para o italiano), como para tantos outros jogadores em 2024. Dito isto, não me quero conformar. O meu objetivo é tentar vencer os dois.

- Quais são suas metas para 2025?

- Não sou o tipo de pessoa que estabelece grandes objetivos. Espero simplesmente começar a temporada em plena forma e reencontrar a motivação que tive no início da temporada passada. Mas idealmente, o objetivo seria aproximar-me o máximo possível do Top 5.

- Está a visar algum torneio em particular?

- O objetivo é jogar bem os grandes torneios. Se eu quero melhorar o meu ranking, é aí que posso ganhar pontos. Então o objetivo é chegar longe nos Grand Slam e Masters 1000.

- O facto de começar a tour australiana como melhor jogador local coloca algum tipo de pressão extra?

- Nunca considerei isso uma pressão, é mais uma motivação extra. Jogar na Austrália, para mim, é um estímulo. Quando entro, sei que o público vai apoiar-me do primeiro ao último ponto.

- No ténis masculino, nenhum australiano vence um Grand Slam desde o título de Lleyton Hewitt em Wimbledon em 2022, e a Austrália não levanta a Taça Davis desde 2003. Como explica isso?

- Vivemos um período um pouco vazio, mas nestes últimos três ou quatro anos demonstrámos ser um país relevante. Temos nove jogadores no Top 100. Na Taça Davis, disputámos duas finais consecutivas (2022-2023) e uma meia-final, não estamos muito longe.

A única coisa que falta, sem dúvida, é um Grand Slam, mas é uma das coisas mais difíceis de conseguir neste desporto. O ténis australiano está a evoluir claramente. Acho que conseguiremos o título da Taça Davis em breve e, espero, um título Grand Slam.