Os circuitos masculino e feminino anunciaram conjuntamente na terça-feira uma experiência de um ano que limitará o número de jogos noturnos disputados num court a dois por dia, com uma hora de início recomendada de 18:30m.

As alterações não afetam os quatro eventos do Grand Slam, que são regidos separadamente, embora o Open da Austrália deste ano já tenha ajustado a sua programação para ajudar a evitar finais tardios.

Murray, que descreveu como uma "farsa" o facto de ter terminado às 04:05 da manhã o encontro com Thanasi Kokkinakis em Melbourne Park no ano passado, não sabia se os outros Grand Slams estavam a discutir medidas semelhantes, mas disse que a abordagem da ATP e da WTA fazia sentido.

"É uma coisa muito óbvia que precisa de mudar", disse o britânico aos jornalistas em Melbourne Park. "Não ouvi ninguém discordar disso. Por isso, é positivo que haja algumas mudanças. Será bom para todos".

"Eu pensaria nisso do ponto de vista de um jogador. Vai certamente ajudar na recuperação para os jogos do dia seguinte e coisas do género. Penso que, para os adeptos e para o torneio, provavelmente parecerá um pouco mais profissional se não acabarmos às três ou quatro da manhã", atirou.

O Open da Austrália começa no domingo e é disputado durante 15 dias pela primeira vez este ano. O Open de França também se joga durante 15 dias, enquanto o Open dos Estados Unidos e Wimbledon são torneios de 14 dias.

"Provavelmente, só temos de ver como correm as coisas. É muito positivo que eles estejam a tentar fazer uma mudança", disse Murray sobre a decisão da ATP/WTA.

"Isso é o mais importante, há uma espécie de aceitação agora de que precisamos de fazer algo para resolver o problema e eles fizeram alterações para o tentar fazer. Se isso não acontecer, estou certo de que poderão mudar as horas de início... Este é um bom passo. Penso que os jogadores vão ficar satisfeitos. Espero que funcione bem", rematou.