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Ténis: Djokovic envia mensagem de apoio da Austrália aos estudantes que protestam na Sérvia

Novak Djokovic, tenista sérvio
Novak Djokovic, tenista sérvioVince CALIGIURI / TENNIS AUSTRALIA / AFP
Novak Djokovic, que está a disputar o Open da Austrália, enviou no domingo uma mensagem de apoio aos estudantes que protestam contra o governo na Sérvia, lamentando os atos de "violência" de que estão a ser alvo.

"O meu apoio vai sempre para os jovens, os estudantes e todos aqueles a quem pertence o futuro do nosso país", disse Novak Djokovic numa conferência de imprensa em Melbourne, depois de se ter qualificado para os quartos de final do torneio.

A Sérvia tem sido abalada por uma onda de manifestações organizadas por um movimento estudantil que exige justiça após um colapso mortal numa estação de comboios, e o bloqueio da maioria das universidades do país. Treze pessoas foram acusadas no caso, incluindo o antigo ministro dos transportes.

A Sérvia é governada desde 2012 pelo Partido Progressista Sérvio (SNS, direita nacionalista) do presidente sérvio Aleksandar Vucic.

"Não posso fingir que nada está a acontecer (na Sérvia), claro que estas coisas me afetam", acrescentou Djokovic, referindo-se em particular a um incidente em que uma estudante foi atropelada por um carro, na quinta-feira, quando os estudantes bloquearam um cruzamento em Belgrado.

"Infelizmente, esta não é a única situação de violência contra estudantes e jovens (...) É uma grande derrota para nós enquanto sociedade, para a sociedade sérvia em geral. Gostaria que os meus filhos crescessem na Sérvia. Gostaria que os jovens que foram para o estrangeiro regressassem à Sérvia e vivessem na Sérvia", continuou Djokovic, um ídolo no seu próprio país.

Apesar de o Presidente sérvio ter dito inicialmente que estava "pronto a ouvir" o que os manifestantes "pensam", no sábado disse a uma estação de televisão local que a Sérvia estava a enfrentar uma "tentativa de revolução colorida" orquestrada, na sua opinião, por "agentes estrangeiros" de "países ocidentais", cujo objetivo era "enfraquecer a Sérvia".