Mais

Open da Austrália: Keys diz que a derrota com Sabalenka ajudou-a a vencer Swiatek e chegar à final

Keys teve um dos melhores desempenhos da sua carreira
Keys teve um dos melhores desempenhos da sua carreiraJaimi Joy / Reuters
Madison Keys (29 anos) disse que o trabalho pessoal que fez para desenvolver uma abordagem mais ousada ao seu jogo pagou dividendos esta quinta-feira, depois de a americana, 19.ª cabeça de série, ter salvo um match point para atordoar Iga Swiatek (23) e marcar uma final do Open da Austrália contra Aryna Sabalenka (26).

Recorde as incidências da partida

A jogadora de 29 anos venceu Swiatek por 5-7, 6-1 e 7-6, mas estava a um ponto da sua quarta eliminação nas meias-finais em Melbourne Park, quando a polaca, segunda cabeça de série, servia a 6-5 no set decisivo.

Keys deu a volta ao jogo e disse que a derrota nas meias-finais contra Sabalenka no Open dos Estados Unidos, há dois anos, ensinou-a a aproveitar as oportunidades e a não se arrepender.

"Tenho estado a fazer muito trabalho pessoal com tudo isso. Uma das coisas mais importantes, depois de ter perdido para a Aryna no Open dos Estados Unidos, foi sentir que tentei jogar pelo seguro e que não estava a jogar como queria nos grandes momentos. Senti-me muito mal", disse Keys aos jornalistas.

"Senti que, se conseguisse fazer o que queria e, por vezes, me sentisse desconfortável, jogasse da forma como jogo o meu melhor ténis e perdesse, poderia afastar-me e dizer: 'Está bem, dei o meu melhor, ela venceu-me, não faz mal'. Não queria estar na mesma situação em que olhasse para trás e pensasse: "Bolas, devia ter tentado". Não queria arrepender-me de não ter dado tudo por tudo", assumiu.

A derrota de Swiatek significou que a campeã Sabalenka, que tem como objetivo uma "tripla", vai deixar o Open da Austrália como número um mundial e Keys espera um teste difícil na sua tentativa de selar uma segunda vitória sobre a bielorrussa no seu sexto encontro, no sábado.

"O que é realmente impressionante é a mentalidade dela. A sua capacidade de ir sempre em frente, independentemente do resultado, é impressionante", disse Keys, antiga vice-campeã do US Open, sobre a atual campeã de Nova Iorque.

"Ela joga um ténis tão destemido. Ela tem a capacidade de jogar tão bem dessa forma. É única. Não só é impressionante da parte dela, como também coloca um pouco mais de pressão sobre os adversários, que sabem que têm sempre de tentar ganhar o ponto, porque ela nunca vai jogar de forma passiva e dar-te um ponto fácil", explicou.