Falando antes do jogo da ronda inaugural contra a russa Ekaterina Alexandrova, 26.ª cabeça de série, a antiga campeã do Open dos Estados Unidos disse que os recentes casos de doping a deixaram cautelosa.
"Fui muito mordida por não sei o quê, como formigas, mosquitos, qualquer coisa. Sou alérgica, acho eu", disse Raducanu na conferência de imprensa que antecedeu o torneio.
"As picadas aumentaram e incharam imenso. Alguém me estava a dar um spray antissético, natural, para tentar aliviar as picadas. Não o quis tomar. Não queria pulverizar".
"Fiquei ali com o tornozelo e a mão inchados. Pensei: 'Vou aguentar porque não quero arriscar'. É obviamente uma preocupação que temos em mente".
O ténis foi abalado no ano passado quando o número um do mundo masculino, Jannik Sinner, testou positivo para a substância proibida clostebol, mas escapou a uma proibição depois de um tribunal independente ter considerado que ele não tinha culpa.
A explicação de Sinner de que tinha sido inadvertidamente contaminado com a substância pelo seu fisioterapeuta durante uma massagem foi aceite, embora a Agência Mundial Antidopagem (AMA) tenha recorrido da decisão.
A pentacampeã do Grand Slam feminino Iga Swiatek também escapou a uma longa proibição depois de um tribunal ter aceitado que o seu teste antidoping falhado para a substância proibida trimetazidina tinha sido o resultado de um lote contaminado de melatonina, um medicamento para dormir.
Esses casos continuarão a ser um tema quente em Melbourne e Raducanu disse que os jogadores têm de ser extremamente cuidadosos.
"Estamos todos no mesmo barco. Penso que é apenas a forma como gerimos o melhor possível os factores controláveis. Se acontecer alguma coisa fora do nosso controlo, então vai ser um pouco difícil tentar provar", afirmou.