"O único ponto em comum", afirmou BJK numa entrevista à BBC, o canal que transmite o encontro Kyrgios-Sabalenka, "é que um dos jogadores é homem e a outra é mulher".
"De resto", a lenda norte-americana do ténis, atualmente com 82 anos, não encontra qualquer semelhança entre os dois encontros, mesmo que os promotores do duelo de 28 de dezembro também lhe tenham dado o nome de A Batalha dos Sexos.
Billie Jean King venceu o encontro de 1973 por 6-4, 6-3 e 6-3 perante mais de 30.000 adeptos e dezenas de milhões de telespectadores.
"O nosso encontro tinha como objetivo promover a mudança social (...) o mesmo não se aplica" ao confronto entre Kyrgios, antigo número 13 do mundo, e Sabalenka, atual líder do ranking WTA, insistiu a lenda do ténis.
BJK considerou que o circuito feminino está agora bem consolidado e que os prémios financeiros destinados às mulheres aumentaram consideravelmente desde a década de 1970.
"Num court normal"
"Espero que seja um grande encontro e, claro, desejo que a Sabalenka vença, mas simplesmente não é a mesma coisa", sublinhou.
Em 1973 "sabia que tinha de o vencer (ao Riggs) em nome da mudança social, tinha muitos motivos para ganhar. Foi um encontro muito político", referiu.
As regras do duelo na cidade dos Emirados também serão diferentes, já que a metade do court da Aryna terá uma superfície 9% menor do que a do Kyrgios, cada jogador só poderá servir uma vez e o encontro será disputado à melhor de três sets.
"Ao Bobby defrontei-o à melhor de cinco sets, num court normal", comparou Billie Jean King. "Disse-lhe: 'olha, ou te enfrento em condições normais ou não te enfrento', e o Bobby adorou", acrescentou.
Outra grande diferença: a norte-americana tinha 29 anos e o Riggs, 55, no momento da Batalha dos Sexos, enquanto a Sabalenka, com 27, e o Kyrgios, com 30, são ambos jogadores ainda em atividade.
O australiano, no entanto, disputou muito poucos encontros oficiais desde 2022, o ano em que chegou à final de Wimbledon.