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Ténis: Eva Lys é a nova esperança da Alemanha

Eva Lys aguarda com expetativa o início da Taça Billie Jean King, na quinta-feira.
Eva Lys aguarda com expetativa o início da Taça Billie Jean King, na quinta-feira.MAXIMILIAN HAUPT/dpa Picture-Alliance via AFP
Eva Lys está a sentir-se muito bem. Nos campos de terra batida de Haia, na zona de conforto da equipa da DTB, no seu novo papel de número um alemã. "Estas são as melhores semanas do ano para nós", disse Lys ao SID antes do torneio de qualificação para a Taça Billie Jean King. Não há sinais de pressão negativa antes dos difíceis duelos contra os Países Baixos e a Grã-Bretanha.

"Mostrámos muitas vezes nos últimos tempos que tudo é possível no início. Estamos com muito boa disposição, muito confiantes e penso que temos boas hipóteses", afirma Lys, que estará em destaque na quinta-feira (a partir das 13:00) e na sexta-feira (14:00). Afinal de contas, as esperanças da sitiada equipa alemã de ténis feminino assentam sobretudo na sua nova figura de proa.

Em Melbourne, no Open da Austrália, em janeiro, a talentosa jogadora de Hamburgo passou de forma espetacular das profundezas das competições de qualificação para a ribalta do mundo do ténis. E, de resto, escreveu um pequeno capítulo na história do desporto - porque chegou aos oitavos de final como "lucky loser" feminina.

O prémio para "Lucky Lys", como é conhecida desde então? Inúmeros pontos no ranking mundial e um grande salto na classificação da WTA. Lys, que também teve um desempenho pelo menos sólido depois da Austrália, subiu agora para o 68.º lugar.

"Em todo o caso", diz Lys, é"um pouco diferente" ser a número um alemã, mas o espírito de equipa continua a ser fundamental. "Sempre nos fortaleceu o facto de nos respeitarmos uns aos outros, independentemente da classificação. Todas nós podemos jogar um ténis incrivelmente bom", sublinhou a jogadora de 23 anos.

Muitos elogios de Petkovic

E é assim que deve funcionar a equipe do técnico Rainer Schüttler, que também conta com a ex-campeã de Wimbledon Jule Niemeier e a especialista em duplas Laura Siegemund. Seria uma surpresa. As britânicas, em particular, lideradas por Katie Boulter, número 40 do mundo, serão difíceis de derrubar nos três jogos de um duelo (dois individuais e um possível jogo de pares decisivo). Apenas o vencedor do grupo dos três se qualifica para a fase final em Shenzhen, na China.

Para Lys, a fase de qualificação na competição nacional é apenas uma pequena parte da sua época de arranque - na qual quer evoluir ainda mais. A longo prazo, a jogadora dextra tem como objetivo atingir níveis muito mais elevados na classificação mundial. A"cabeça", como diz Lys sobre Lys, está confiante em alcançar o top 20. "É um processo, não vai acontecer de um dia para o outro", sublinha, mas é um objetivo"realista".

Uma avaliação que também é partilhada pela observadora atenta. Andrea Petkovic, que apoia Lys como antiga jogadora do top 10, de tempos a tempos, na qualidade de conselheira, também acredita que ela vai chegar ao topo do ranking mundial. Porque Lys joga um"ténis moderno", como Petkovic explicou recentemente numa entrevista ao SID. "Ela joga rápido, pega na bola cedo, é agressiva e devolve bem", entusiasmou-se Petkovic:"O céu é o limite".