Kasatkina teve de competir na digressão como jogadora neutra depois de os jogadores russos e bielorrussos terem sido proibidos de jogar sob as suas próprias bandeiras devido à invasão da Ucrânia por Moscovo em 2022, mas foi-lhe concedida residência permanente pela Austrália na semana passada.
A número 12 do mundo não teve dificuldades em vencer a americana Lauren Davis na quarta-feira, com uma vitória por 6-1 e 6-1.
"Senti que seria estranho, obviamente, ser chamada de jogadora da Austrália. Não conseguia controlar o meu sorriso. Durante o aquecimento foi a mesma coisa. Tive uma receção tão calorosa por parte do público. No geral, foi uma mistura incrível de emoções. Não foi fácil entrar em court para jogar o primeiro jogo com a nova bandeira", disse Kasatkina aos jornalistas.
Kasatkina, nascida na cidade de Tolyatti, no oeste da Rússia, não regressa ao país há mais de dois anos, depois de se ter assumido como homossexual e de ter sido uma das poucas jogadoras a pronunciar-se publicamente contra a guerra.
A Rússia classificou o movimento LGBT como extremista e os que o apoiam como terroristas, abrindo caminho a processos criminais graves contra as pessoas LGBT e os seus defensores.
Kasatkina enfrenta a americana Sofia Kenin na terceira ronda em Charleston.