Alcaraz anunciou que não iria participar fase final da competição depois de perder para Daniil Medvedev, nas meias-finais do US Open, dizendo que precisava de descansar.
A Espanha poderia ter contado com o número dois do mundo na derrota do primeiro jogo do Grupo C em Valência contra a República Checa por 3-0 na quarta-feira.
Djokovic, cuja Sérvia defronta a Espanha na sexta-feira, disse aos meios de comunicação espanhóis em Valência:
"Talvez vocês estejam chateados por ele não estar a jogar pela Espanha, porque tem 20 anos e eu tenho 36, e porque ele está cansado e eu não. É importante compreender que ele ainda tem muito tempo pela frente", vincou.
Djokovic, que derrotou Medvedev para um vencer um histórico 24.º Grand Slam em Flushing Meadows, acrescentou: "Ele já jogou pela Espanha no ano passado, não se pode esquecer isso. Ganhou o Open dos Estados Unidos no ano passado e, passados poucos dias, estava aqui a jogar de coração e pela paixão pelo país", acrescentou.
O número um do mundo recordou a perturbação que provocou ao optar por não competir pela Sérvia na competição anual de equipas masculinas.
"Faltei várias vezes à Taça Davis, sei que a reação do meu país não foi muito boa e que há muita negatividade quando não se joga pelo nosso país. É difícil ter que ser sempre perfeito e estar sempre disponível. Fazemos parte de um desporto individual, representamos o nosso país, mas também a nós próprios, e há muitos torneios, e ele fez muitos jogos", continuou.
Djokovic acrescentou: "Apesar de ter 20 anos, isso não significa que seja um super-homem. Ele também precisa de descansar... Sinceramente, é melhor para nós, para a equipa sérvia, que ele não esteja aqui, mas tenho a certeza de que vai voltar e dar muitas alegrias a Espanha".
Djokovic foi dispensado pelo capitão da Sérvia na Taça Davis, Viktor Troicki, no jogo inaugural que terminou com a vitória do seu país contra a Coreia do Sul, por 3-0, na terça-feira.
Mas, apesar de uma longa temporada, disse que estava pronto para ajudar a Sérvia na tentativa de ajudar à qualificação para as eliminatórias em Málaga no próximo mês.
"Não me sinto muito fresco, obviamente, depois de vários meses exaustivos com muitos jogos, mas acho que este cansaço é positivo pelo sucesso que tive na América. Não há muito tempo para recuperar, tenho de tentar manter a intensidade e fazer tudo o que puder para adaptar o meu corpo e a mim próprio ao novo fuso horário e às novas condições e contribuir para o meu país com os pontos", finalizou.