"Acreditamos que o que fizemos com a Taça Davis é um feito tremendo. Chegámos quando a competição estava em declínio, estava em baixa. E, desportivamente, economicamente e em termos de audiências, conseguimos pô-la ao mesmo nível", afirma Piqué.
Mas muitos adeptos e jogadores de ténis discordam. Pelo contrário, dizem que as mudanças radicais do grupo de investimento Kosmos, que Piqué dirige, destruíram a mais popular competição de equipas masculinas. A ITF ouviu as críticas e rescindiu o contrato original de 25 anos em janeiro passado.
Piqué gostaria de ver mudanças noutras competições para além da Taça Davis.
"Porque é que se serve duas vezes no ténis? São mais 30 segundos durante os quais o jogador dribla a bola no chão. As pessoas não querem saber disso", disse outro antigo futebolista espanhol, Iker Casillas, num podcast.
"Porquê vantagem no jogo, vantagem no jogo e um jogo de cinco minutos? Vamos introduzir um desempate aos 40:40", disse Piqué. Este sistema funciona, por exemplo, em jogos de pares fora dos torneios do Grand Slam, em que a equipa que recebe o jogo escolhe quem vai devolver o serviço do adversário quando estão empatados.
"O ténis tem de evoluir e adaptar-se ao ritmo do momento para atrair os jovens que preferem ver outras coisas como a HBO ou a Netflix", disse o espanhol, acrescentando que o padel e o pickleball estão a tornar-se mais populares do que o ténis.
Mas, de acordo com as estatísticas da Associação de Ténis dos EUA (USTA), isso não é verdade. Nos Estados Unidos, o interesse pelo ténis aumentou pelo quinto ano consecutivo, mais recentemente em cerca de 8%.