A UTTP (United Table Tennis Players Association) permitirá aos jogadores ter "uma voz mais forte na definição do panorama do ténis de mesa profissional", explicam num comunicado de imprensa.
A associação, criada por 22 jogadores, "12 dos quais estão entre os 20 melhores do mundo", tem como objetivo "promover o bem-estar dos jogadores", protegê-los "do abuso, da discriminação e da exploração", garantir "um tratamento justo e equitativo" em termos de condições financeiras e de trabalho e incentivar "uma maior transparência na governação e na administração do ténis de mesa".
A UTTP esclareceu que, para já, não pretende revelar os nomes dos seus membros: "Esperamos poder fazê-lo num futuro próximo e que os nossos membros não tenham de recear ser sancionados", explica o comunicado de imprensa.
O anúncio da sua criação no Instagram foi, no entanto, partilhado por vários jogadores, entre os quais os franceses Félix e Alexis Lebrun, Simon Gauzy, Prithika Pavade, bem como o alemão Patrick Franziska , n.º 8 do mundo, e o brasileiro Hugo Calderano, n.º 3.
O lançamento desta associação surge poucos meses após a decisão, anunciada em dezembro, de três estrelas chinesas da disciplina se retirarem do circuito internacional (WTT). Fan Zhendong, Ma Long e Chen Meng justificaram a sua retirada com as multas impostas pela não participação em torneios. A sua decisão provocou a ira dos adeptos e a preocupação dos atletas.
Em fevereiro, a World Table Tennis anunciou alterações às suas regras. Estas alterações incluíam o fim da obrigatoriedade de os jogadores participarem em Grand Smashes (o equivalente aos torneios do Grand Slam no ténis) e o aumento do montante global dos prémios monetários ganhos durante as competições.