"O único ponto em comum" com esse encontro, que a norte-americana venceu por 6-4, 6-3, 6-3 perante mais de 30.000 adeptos e dezenas de milhões de telespectadores, "é que um dos jogadores é homem e o outro é mulher", afirmou "BJK" numa entrevista à BBC, que irá transmitir o confronto Kyrgios contra Sabalenka.
"De resto", a lenda americana do ténis, atualmente com 82 anos, não encontra qualquer semelhança entre os dois encontros, mesmo que os promotores do duelo no Dubai também lhe tenham dado o nome de "Batalha dos Sexos".
"O nosso encontro tinha como objetivo a mudança social (...) o mesmo não se aplica" ao confronto entre Kyrgios e Sabalenka, sublinhou Billie Jean King, lembrando que o circuito feminino está agora bem consolidado e que os prémios atribuídos às mulheres aumentaram consideravelmente desde os anos 1970.
"Espero que seja um grande encontro e, claro, espero que Sabalenka vença – mas simplesmente não é a mesma coisa." Em 1973, "eu sabia que tinha de derrotar o Riggs (nota do editor) em nome da mudança social, tinha muitos motivos para ganhar. Foi um encontro muito político", concluiu BJK.
As regras também serão diferentes, já que metade do campo de Sabalenka terá uma área 9% inferior à de Kyrgios, cada jogador terá direito apenas a um serviço e o encontro será disputado à melhor de três sets.
"Enfrentei o Bobby à melhor de cinco sets, num campo normal", comparou Billie Jean King, referindo-se ao seu encontro de 1973.
"Disse-lhe: 'Olha, ou te defronto de forma justa ou não te enfrento' e o Bobby adorou isso", acrescentou.
Outra diferença significativa: a norte-americana tinha 29 anos e Riggs 55 na altura da "Batalha dos Sexos", enquanto Sabalenka (27 anos) e Kyrgios (30 anos) são ambos jogadores ainda em atividade, embora o australiano tenha participado em muito poucos encontros oficiais desde 2022, ano em que chegou à final de Wimbledon.