Recorde as principais incidências
O número um nacional e 62 do mundo entrou em court numa versão muito distante da habitual e, depois de uma atitude inicialmente apática e um jogo muito errático, viu-se obrigado a uma recuperação difícil para superar o gaulês, antigo top 10 mundial e atual 241.º colocado, pelos parciais de 0-6, 7-6 (8-6) e 6-3.
O jogador maiato não entrou bem na terra batida do ATP 250 português e sofreu logo o break. Levou Pouille às vantagens no segundo jogo, tentando restabelecer a igualdade no marcador, mas a chuva interrompeu o encontro e, no regresso ao court ao fim de cerca de 30 minutos, o francês meteu uma velocidade acima e fez mais seis jogos consecutivos.
Nuno Borges, que durante o primeiro set foi quebrado três vezes e parecia estar a passar completamente ao lado do encontro, submerso numa letargia, que chegou a contagiar as bancadas, dominadas até então por sete efusivos fãs franceses de Pouille, só conseguiu reagir no segundo parcial, após sofrer novo break no jogo inaugural.
A chuva voltou a dar o ar da sua graça e, à segunda vez, parece ter despertado o tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, que quebrou duas vezes o adversário de 30 anos (2-2 e 4-2), e, apesar de ter cedido a igualdade no sétimo jogo, conseguiu levar a melhor no tie-break, salvando um match point a 5-6.
Mais aguerrido, lutador e presente, como é seu apanágio, Nuno Borges, já mais embalado pelos adeptos portugueses que se mantiveram firmes no apoio, arrancou para um terceiro set mais equilibrado, mais assertivo e agressivo.
O ponto de viragem surgiu no sétimo jogo do parcial decisivo e, após desperdiçar o primeiro match point, não deixou escapar o segundo, confirmando o segundo break frente ao francês e o triunfo ao fim de duas horas e 21 minutos e duas interrupções, devido à chuva.
Graças à vitória, Nuno Borges igualou o melhor resultado registado no Estoril Open, alcançado em 2021 e 2022, e marcou encontro com o italiano Lorenzo Musetti, número 24 no ranking ATP.