Esta estrutura bicéfala, inédita em qualquer outro evento dos circuitos ATP e WTA, posiciona o torneio como uma referência mundial em inovação, diversidade de liderança e visão de futuro.
Ex-número 1.ª mundial e vencedora de dois títulos do Grand Slam (Roland Garros 2016 e Wimbledon 2017), entre muitos outros feitos como as WTA Finals que conquistou em 2021, e das quais agora é diretora do torneio, Muguruza retirou-se oficialmente na temporada 2024.
Aos 32 anos, a espanhola assume a co-direção do evento ao lado de Feliciano López, que ocupa o cargo desde 2019, quando sucedeu a Manolo Santana.
A decisão de integrar Muguruza partiu diretamente de Gerard Tsobanian, CEO do Mutua Madrid Open. Sempre à procura de melhorias com grande impacto, desde que o evento se realizou pela primeira vez em Espanha em 2002, Tsobanian quis ir mais longe com este novo modelo de co-direção, reforçando assim a atenção, o cuidado e as necessidades dos jogadores dos circuitos ATP e WTA.
“A entrada da Garbiñe não é um gesto simbólico. É uma convicção e uma declaração de princípios. Acreditamos firmemente que a liderança no ténis deve ser construída a partir de perspetivas diversas, complementares e com a mesma voz e o mesmo peso. A experiência de uma campeã de Grand Slam como ela tem um valor incalculável para um torneio como o nosso. Este passo coloca o Mutua Madrid Open no lugar que queremos ocupar: na vanguarda da igualdade estrutural. Não nos limitamos a falar de igualdade: desenhamo-la, implementamo-la e tornamo-la visível. Há muito tempo que cumprimos com ela ao nível do prize money, entre homens e mulheres, e agora também o faremos na nossa estrutura interna. Estou certo de que a Garbiñe se irá complementar na perfeição com o Feliciano, e que ambos trabalharão arduamente para continuar a elevar os padrões do torneio", afirmou.
Garbiñe mostrou-se entusiasmada e pronta para o novo desafio que tem pela frente.
“Assumir a co-direção do Mutua Madrid Open é uma enorme honra. Este torneio sempre apostou na vanguarda e em quebrar barreiras, e deixa-me especialmente feliz fazer parte de um projeto que continua a evoluir e que não tem receio de liderar mudanças importantes no nosso desporto. O Mutua Madrid Open é, sem dúvida, um dos melhores torneios do mundo: pela sua capacidade organizativa, pelo que oferece aos jogadores e pela experiência única que proporciona aos adeptos. Conheço muito bem o dia a dia dos jogadores num evento desta dimensão— as necessidades, as exigências, os pequenos detalhes que fazem a diferença— e acredito que essa sensibilidade é fundamental para continuar a fazer crescer um torneio deste nível. O meu objetivo, juntamente com o Feliciano, será trazer essa experiência e contribuir para que Madrid continue a ser uma referência de vanguarda no mundo do ténis, um torneio moderno, igualitário, ambicioso e plenamente conectado com o futuro da modalidade. Motiva-me muito trabalhar num projeto que aposta verdadeiramente na igualdade entre homens e mulheres, também nos cargos de decisão, e que continua a traçar o caminho para ambos os circuitos", disse.
Feliciano, por sua vez, quis dar as boas-vindas calorosas à sua nova colega de viagem no Mutua Madrid Open.
“A chegada da Garbiñe é uma notícia fantástica para o torneio e um sinal muito claro do rumo que queremos seguir como organização. A sua experiência ao mais alto nível e a sua capacidade para compreender tanto o que os jogadores necessitam como o que o público procura vão acrescentar muito ao Mutua Madrid Open. Conhece este torneio por dentro e sabe o que o torna especial. Madrid sempre foi pioneira, um torneio que não se conforma e que não tem medo de inovar quando outros preferem esperar. Integrar a Garbiñe na co-direção não só fortalece o torneio do ponto de vista desportivo e organizativo, como também reforça o nosso compromisso com a verdadeira igualdade entre homens e mulheres em todas as áreas do ténis, incluindo a liderança. Acredito sinceramente que este passo confirma a nossa ambição de continuar a liderar o futuro do ténis profissional. A Garbiñe chega para somar, para trazer uma perspetiva complementar e necessária, e para nos ajudar a construir um torneio ainda mais forte, mais igualitário e mais preparado para os desafios dos próximos anos. Estou muito satisfeito por trabalhar ao seu lado e sei que juntos vamos levar o Mutua Madrid Open ainda mais longe", afirmou.
Com este novo modelo de direção bicéfala, o Mutua Madrid Open reafirma o seu compromisso com a excelência, a diversidade de perspetivas e a evolução do desporto, garantindo que as decisões estratégicas reflitam essa igualdade tão desejada.
Assim, o evento inicia uma nova era, com a co-direção do torneio entregue a dois ex-jogadores capazes de oferecer olhares complementares sobre o presente e o futuro do ténis.