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Ténis: Aos 17 anos, Iva Jovic supera Arango e ergue o troféu em Guadalajara (0-2)

Jovic celebra título de campeã
Jovic celebra título de campeã ČTK / imago sportfotodienst / IMAGENSHOP AGENCIA FOTOGRÁFICA
A colombiana Emiliana Arango, que disputou toda a partida debilitada por um mal-estar gastrointestinal, perdeu este domingo a final do Aberto de Guadalajara para a jovem norte-americana Iva Jovic, de apenas 17 anos, que conquistou o seu primeiro título no circuito da WTA.

Recorde as incidências da partida

A jogadora mais jovem do top 100 mundial superou Arango, número 86 do ranking, em apenas uma hora e 35 minutos, na quadra dura do Complexo Panamericano de Ténis.

Natural de Torrance, Califórnia, Jovic conquistou o seu primeiro troféu de categoria WTA 500 aos 17 anos e 282 dias.

Já Arango, de Medellín, com 24 anos, também procurava a sua primeira coroa, mas, muito limitada fisicamente, acabou por perder a segunda final do ano, depois de ter sido derrotada no WTA 500 de Mérida, em março.

"Estou a viver um momento muito emocionante. Tive muitos jogos difíceis, disputados e longos durante a semana. A minha mentalidade no início do torneio era simplesmente adaptar-me a todas as condições. Foi complicado jogar com a altitude e com tanta chuva", afirmou a campeã em conferência de imprensa.

"Golpe muito duro"

Por sua vez, Arango reconheceu que a derrota foi um "golpe muito duro", mas encarou a situação como parte da "vida", referindo-se ao problema gastrointestinal que lhe impediu de descansar na noite de sábado.

"O último dia foi um pouco caótico. De manhã não tinha a certeza de como iria entrar em court, mas tentei dar o meu melhor. Houve um momento em que, para mim, já era simplesmente uma questão de terminar a partida", admitiu.

Ao contrário das jornadas anteriores, disputadas sob clima fresco e ameaça de chuva, o duelo pelo título começou com uma temperatura de 27 graus Celsius.

Com ritmo acelerado e pancadas profundas, a norte-americana foi a primeira a ameaçar o serviço da adversária.

A partir do sexto jogo, porém, Emiliana deixou de conseguir disfarçar o evidente mal-estar físico: mostrava-se cansada, com dificuldades respiratórias e sem capacidade para acompanhar as trocas de bola. Vigorosa, a norte-americana aproveitou para conquistar a primeira quebra (4-2).

A tenista de Antioquia aproveitava cada pausa entre pontos para recuperar, apoiando-se na raquete. Ainda assim, criou um triplo break point, convertendo na terceira oportunidade para reduzir para 4-3. Pouco depois, contudo, voltou a ceder o serviço e perdeu o primeiro parcial em 53 minutos.

Resistência ao limite

Apesar do evidente problema físico, Arango não solicitou nenhuma atenção médica até o início do segundo set. A tenista de Medellín mostrou coragem e obrigou a californiana a salvar três break points no início da segunda parcial.

Jovic quebrou o serviço de Arango e abriu vantagem de 2-0. O sofrimento da colombiana aumentava, ela chegou a vomitar ao lado da quadra, mas ainda assim conseguiu o break (2-1). Foi então que finalmente recebeu atendimento médico.

A colombiana recebeu o aval do médico que a examinou e decidiu continuar. Amparada pelos adeptos locais, ganhou alguns pontos com golpes precisos, mas sem conseguir mostrar a sua habitual mobilidade.

Foi uma questão de tempo para que a norte-americana conquistasse o campeonato e se tornasse a quinta tenista a ganhar o seu primeiro título em 2025.

Mais cedo, na final de duplas, a russa Irina Khromacheva e a norte-americana Nicole Melichar conquistaram o título ao vencerem a mexicana Giuliana Olmos e a indonésia Aldila Sutjiadi por 6-3 e 6-4.