Fonseca (80.º do mundo), de apenas 18 anos e vencedor do seu primeiro torneio ATP, em Buenos Aires, em fevereiro, conseguiu domar as rajadas de vento e dar a volta no último set, quando Fearnley (81.º) estava um break à frente, na sua estreia no deserto californiano.
"Foi um dia difícil, com muito vento. Comecei por jogar muito bem, muito sólido. Depois, no 2.º set, ele foi mais agressivo e eu estava mais nervoso. No final, estou contente por ter conseguido mudar o meu jogo", comentou Fonseca, de boné amarelo ao contrário enroscado na cabeça.
Ao microfone do estádio, o favorito do público dirigiu algumas palavras em português à dezena de adeptos brasileiros que o tinham vindo apoiar.
"Tudo é novo para mim, ainda sou jovem, estou a habituar-me pouco a pouco. Vejo pessoas de todas as nacionalidades a aplaudirem-me e a chamarem-me pelo nome. As crianças pedem-me autógrafos. Há dois anos, era eu que pedia autógrafos", explicou o jovem, que recolheu a assinatura de Rafael Nadal no Rio, numa conferência de imprensa.
"É bom, é apenas o meu segundo ano como profissional, estou a entrar nos maiores torneios e a conhecer os melhores jogadores. Hoje conheci o Carlos (Alcaraz) e o Novak (Djokovic). Isso é ótimo.
Fonseca já é o centro das atenções nos seus primeiros passos no paraíso do ténis, tendo sido reservado no court principal e convidado para o estúdio de televisão do Tennis Channel após o seu sucesso. Na segunda ronda, no sábado, vai defrontar outro britânico, Jack Draper, 14.º jogador mundial.