O espanhol, número três do mundo, quer juntar-se a Roger Federer e Novak Djokovic como os únicos homens a ganhar três títulos consecutivos no deserto da Califórnia.
E apesar do seu registo de 3-1 contra Draper, ele não vai encarar o número 14 do mundo de ânimo leve.
"Penso que ele tem muito ritmo, muito ritmo, grandes pancadas", disse Alcaraz.
"Penso que o seu estilo de jogo se adapta muito bem a estas condições. Parece que ele está em muito boa forma neste momento", acrescentou Alcaraz.
"Acho que ele é ambicioso e está sempre a tentar. Isso faz dele um adversário muito difícil", assumiu o espanhol.
Duas das derrotas de Draper para Alcaraz vieram por retirada - incluindo em Indian Wells em 2023 e na quarta ronda do Open da Austrália este ano - onde venceu três partidas consecutivas de cinco sets antes de enfrentar Alcaraz nos oitavos de final.
"Já o defrontei uma vez aqui e fiquei um pouco lesionado nesse encontro, por isso estou ansioso por ter outra oportunidade", disse Draper, que chegou às meias-finais do Open dos Estados Unidos no ano passado, mas foi prejudicado no início desta época por uma crise de tendinite da anca.
"Ele traz muito para o campo, especialmente nestas condições", acrescentou Draper, que obteve a sua única vitória sobre Alcaraz no Queen's Club no ano passado.
"Ele está a colocar a fasquia muito alta, e isso é bom para um jogador como eu, porque o vejo e jogo contra ele e penso no que preciso de fazer para estar ao seu nível", acrescentou.
Na outra meia-final, Daniil Medvedev também vai tentar chegar à terceira final consecutiva, depois de ter ficado aquém do esperado contra Alcaraz nos últimos dois anos.
O russo de 29 anos, seis vezes finalista do Grand Slam, deu pulos de alegria depois de vencer o jovem Arthur Fils, de 20 anos, por 6-4, 2-6 e 7-6 (9/7) nos quartos de final, para se apurar contra outro jovem jogador, o dinamarquês Holger Rune.
Medvedev ganhou dois dos seus três encontros anteriores, incluindo uma vitória nos quartos de final em Indian Wells no ano passado.
"O seu talento é muito forte", disse Medvedev sobre o dinamarquês, cuja estrela se desvaneceu um pouco desde uma vitória precoce sobre Djokovic, na final do Masters de Paris de 2022.
"Ele tem provavelmente todas as tacadas que se pode ter no ténis. Provavelmente ele sabe que por vezes não é consistente no início dos torneios, mas quando está lá no fundo é um jogador difícil de bater. Preciso de jogar bem", explicou.