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"Não me considero escravo do ténis", diz o argentino Cerúndolo

Cerúndolo em ação em Madrid
Cerúndolo em ação em MadridPIERRE-PHILIPPE MARCOU / AFP
O argentino Francisco Cerúndolo, que vai disputar a meia-final do Mutua Madrid Open depois de derrotar o checo Jakub Mensik, diz que não se sente "escravo" do ténis, um dos aspetos abordados no recente documentário de Carlos Alcaraz.

"Não me considero escravo do ténis, nem de perto. Obviamente, para chegar onde estou, onde o Carlos está, é preciso dedicar muitas horas e muito esforço. Sacrificar a família, os amigos, os aniversários, os churrascos, as coisas da adolescência", disse Cerúndolo numa conferência de imprensa.

"No fim de contas, não diria que todos, mas a maioria dos que estão no topo fizeram-no por opção. Talvez alguns deles tenham vindo por serem talentosos e não muito fanáticos, mas a maioria escolheu esta profissão e está feliz com o que faz", acrescentou.

Questionado sobre se mudou desde as suas primeiras meias-finais no Masters 1000 de Miami até às de Madrid, o jogador de Buenos Aires disse que "mudou muito".

"Esse primeiro Masters 1000 foi o primeiro torneio em que me saí muito bem e consegui entrar no top 50. Tive muito poucos jogos a nível ATP, muito poucos jogos contra os melhores", disse.

"Cresci muito em experiência, em ténis e em aprendizagem. Sou um jogador e uma pessoa completamente diferente. Isso ajudou-me a continuar a aprender, e hoje estou nesta fase com muita vontade de jogar o próximo jogo", disse o jogador.

Francisco confessou que não estabeleceu objetivos para o ranking: "Apenas objetivos pessoais, para melhorar o meu físico, a minha mente e o meu ténis. Acho que eu e a minha equipa estamos a ir na direção certa e isto é uma recompensa pelo que temos feito desde o início do ano, para voltar ao top 20, jogando o meu melhor ranking na próxima segunda-feira", disse.