"Não quero falar muito sobre isso, mas a verdade é que tive alguns problemas de saúde mental este ano, por isso procurei ajuda profissional e isso ajudou-me muito", disse Ruud (15.º do mundo) numa conferência de imprensa.
"Notei logo uma grande melhoria, sinto que é muito bom ter alguém com quem falar sobre os meus sentimentos. A vida no ténis não é fácil e houve um momento em que me senti sobrecarregado", continuou o escandinavo.
"Mas senti-me um pouco como se estivesse a correr numa roda de hamster, sem nunca chegar a lado nenhum. O calendário atual torna impossível abrandar. Precisava de sair dessa espiral e refletir sobre a minha vida, os meus sentimentos e o caminho que estava a seguir", explicou.
"Estou de volta à roda de hamster em que o circuito nos coloca, mas com uma mentalidade muito melhor. O ténis é muito mais complicado do que apenas bater bem na bola", disse.
Casper, que vai defrontar o argentino Francisco Cerúndolo nas meias-finais de Madrid, afirmou que quem quer estar entre os 30 melhores do mundo tem de "competir cerca de 30 semanas por ano". Caso contrário, "as penalizações são muito severas".
"A maioria dos jogadores acha que isto é demasiado. O principal objetivo dos jogadores de ténis é serem mais ouvidos. Temos um desporto fantástico, mas precisamos que a época não seja tão longa e que nos sintamos mais do que apenas uma peça de um puzzle", afirmou o norueguês.