Recorde as incidências do encontro
Pouco antes da sua partida de estreia contra o espanhol Roberto Bautista-Agut, o jovem checo estava a caminho da sala do árbitro para anunciar a sua desistência do torneio.
No entanto, o funcionário havia saído para almoçar e o tenista acabou por ir a jogo.
“Foi uma grande inflamação. Eu não conseguia andar, não conseguia correr”, disse Mensik. “Comecei a tratar o problema, comecei a tomar analgésicos. Nada estava a ajudar. Durante o dia do jogo foi a mesma coisa... Tentei pisar na passadeira. Não conseguia mexer-me. Eu pensei: 'OK, bem, é isso. Estou a abandonar'", contou na madrugada desta segunda-feira após vencer Novak Djokovic na decisão.
“Eu estava a visitar o escritório do árbitro para dizer: 'Pessoal, estou a retirar-me', mas ele estava a almoçar. Então, tudo bem, vamos visitar o fisioterapeuta primeiro. Eu cheguei lá e disse: 'Ei, estou com uma dor no joelho. Preencha apenas o papel. Estou a ir embora'”.
Mensik disse que o fisioterapeuta analisou o seu joelho e considerou não se tratar de um problema sério. “Pisei na passadeira e foi a mesma coisa. Mas passei por cima da dor”, acrescentou o checo.
“Depois de alguns minutos, comecei a sentir um pouco de alívio. Tomei vários analgésicos, que ajudaram um pouco. Eu estava a pensar: 'OK, vamos tentar. Faltam uns 30 minutos para o jogo. Posso caminhar, posso correr, vamos ver'", detalhou.
“De alguma forma, ganhei a primeira ronda e depois tive um dia de folga, o que, é claro, melhorou muito o meu joelho. Dia após dia, o joelho estava a melhorar e, com isso, o meu jogo também”, revelou o número 24 do mundo.
No court após a final, o jovem de 19 anos afirmou que "teve sorte" que o árbitro tinha ido almoçar e que o seu fisioterapeuta "fez um milagre".
Mensik venceu Bautista-Augut por 2-1, antes de superar o campeão de Indian Wells, Jack Draper, em sets diretos.
Na competição, passou por Safiullin (68.º), Arthur Fils (15.º) e Taylor Fritz (4.º), antes de negar a Djokovic (5.º) o seu 100º título da ATP.