Houve muitos aplausos e cânticos de "Si-Mon-ah. Si-Mon-Ah" dos entusiasmados adeptos que agitavam bandeiras durante a derrota da wildcard por 1-6, 6-4 e 6-3 frente à espanhola Paula Badosa, que também elogiou a duas vezes campeã do Grand Slam após o jogo. Mas o regresso de Halep como wildcard não agradou a Wozniacki.

"No passado, falei muito abertamente sobre o que penso do doping e tudo isso", disse Wozniacki, acrescentando que gosta de Halep. "Sempre quis um desporto limpo, justo para todos. Acho que continua a ser a minha opinião".

"Isto não é diretamente contra a Simona, mas se alguém faz batota de propósito, se alguém testou positivo por doping, é minha convicção pessoal que não acho que as pessoas devam receber wildcards depois. Se quisermos voltar e tivermos cometido um erro, eu compreendo, mas devemos trabalhar para subir a partir do fundo", sustentou.

Halep aceitou um wildcard para o Open de Miami depois de a sua proibição de quatro anos ter sido reduzida para nove meses pelo Tribunal Arbitral do Desporto.

A ex-campeã de Wimbledon e do Open de França Halep foi suspensa em outubro de 2022 após testar positivo para roxadustat - uma droga proibida que estimula a produção de glóbulos vermelhos - no US Open daquele ano.

Halep negou vigorosamente as acusações contra ela e voltou a defender-se na terça-feira contra os comentários de Wozniacki.

"Não fiz nada de errado. Por isso, é melhor lermos a decisão do CAS de que foi um suplemento contaminado, não foi doping", disse Halep. "Não fiz batota. Não me dopei. Nunca tive nada a ver com doping. Nunca me dopei, por isso não sou uma batoteira".

"Obrigado ao torneio por me ter dado o wildcard e ter a possibilidade de jogar num torneio tão grande. Foi ótimo estar de volta. O facto de apenas uma pessoa ser negativa em relação a mim não é assim tão importante, porque tenho centenas de pessoas que me dão amor, por isso vou aceitar isso", rematou.