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Ténis: Arthur Fils tem "muito a aprender" com a derrota com Alcaraz

Arthur Fils em Monte Carlo
Arthur Fils em Monte CarloVALERY HACHE/AFP
Derrotado em três sets por Carlos Alcaraz, nos quartos de final do Masters 1000 de Monte Carlo, esta sexta-feira, o francês Arthur Fils, 15.º do ranking mundial, disse que tinha "muitas lições a aprender" com a derrota por 4-6, 7-5 e 6-3.

Recorde as incidências da partida

- Qual foi o sentimento que prevaleceu depois de um jogo em que perturbou seriamente o n.º 3 do mundo?

- Tive oportunidades, mas não as converti. As coisas mudaram muito rapidamente no final do segundo set. Passei de 5-5, 0-40, para 7-5 em três ou quatro minutos. Foi demasiado rápido. Não consegui gerir muito bem esses momentos. Mas ele é um campeão, por isso gere esses momentos na perfeição. Hoje voltou a fazê-lo muito bem e eu tenho de aprender.

- Apesar de tudo, retira alguma coisa de positivo desta derrota?

- Há alguns aspectos positivos. Depois disto, não vou entrar em court só para fazer contas. Tive tantas oportunidades de passar para a frente, mas não consegui. É verdade, também há aspectos positivos e negativos. Tenho de discutir o assunto com a equipa para ver o que é preciso melhorar. Há muitas lições a serem aprendidas.

- O que é que acha que fez a diferença neste jogo?

- Não me esforcei o suficiente quando estava a 5-5, 0-40 no segundo set. Ele fez dois bons pontos a 15-40, 30-40. Não tenho muito a dizer. Se quero ganhar jogos contra estes jogadores, tenho de jogar mais. Não se pode esperar que ele falhe, porque ele não vai mesmo falhar. Comecei muito bem o terceiro set. Perdi um pouco de concentração no meu serviço, o que me custou o jogo a 3-2 e o break a 4-3.

- Converteu os seus três pontos de break no primeiro set antes de falhar os sete que teve no segundo set...

(interrompe) Sim, eu também contei.

- Como é que explica esta falta de realismo no segundo set?

- Os primeiros quatro pontos de break foram muito mal jogados por mim. Os últimos três foram muito bem jogados por ele. Claro que podia ter feito melhor no 0-0 e também no 2-2.

- Tem um verdadeiro ódio à derrota, isso é um ponto forte para si?

- Não sei. Sou como um louco, isso irrita-me. É difícil perder jogos assim, é irritante, sobretudo quando se tem oportunidades. 6-2, 6-2, é irritante, mas dizemos a nós próprios que não estivemos no nosso melhor e que temos de voltar ao trabalho. Agora estou no meu melhor, mas não está a resultar porque estou a perder a concentração. E há alturas em que não se pode perder a concentração (...) Vamos ter de trabalhar mais para ganhar esses jogos.

- Diria que Carlos Alcaraz usou a sua experiência para dar a volta ao jogo?

- É um grande campeão, como já disse. Este tipo de jogos é muito favorável a ele, porque sabe exatamente como jogá-los, sobretudo nos pontos importantes. Faltam-me alguns jogos a esse nível. Mas hei-de lá chegar no final.