"A lista de jogadores é impressionante e o sorteio é de qualidade, mesmo para um Masters 1000", avaliou o tricampeão do torneio e atual campeão, Stefanos Tsitsipas ( 8.º do mundo), em conferência de imprensa no sábado.
"Neste momento, tenho a impressão de que muitos jogadores podem jogar muito bem na terra batida", continuou.
Esta cautela é tanto mais justificada quanto Tsitsipas poderá cruzar-se nos quartos de final com o número um mundial Alexander Zverev (2.º do ranking), de regresso à sua superfície favorita.
Os jogos começam por volta das 12:00 de domingo, com um duelo entre o veterano francês Richard Gasquet, semifinalista em 2005, e o italiano Matteo Arnaldi.
Outro francês, Giovanni Mpetshi Perricard, suceder-lhe-á no court central para a sua 1.ª ronda contra o australiano Jordan Thompson.
"Vai ser bom poder avaliar o meu nível de jogo na terra batida", entusiasma-se o francês. Na superfície, "tenho mais tempo para colocar os meus pés no chão e bater grandes pancadas. Veremos no final do Open de França", concluiu o gigante de 21 anos (2,03 m).
Para Casper Ruud, finalista em Monte-Carlo em 2024, "o campo de jogadores que têm hipóteses de ganhar Masters 1000 é mais vasto" do que no passado.
Os grandes torneios vão ser "um pouco mais abertos nos próximos anos" do que nos tempos em que Novak Djokovic, Roger Federer e Rafael Nadal ganhavam todos os títulos, previu Ruud, três vezes finalista do Grand Slam e entusiasta dos campos de terra batida, à AFP.
Para Zverev, por outro lado, "os últimos meses têm sido muito estranhos: Jannik não tem jogado, eu tenho jogado muito mal, Carlos (Alcaraz, número 3 do mundo) também não tem jogado muito bem", disse o alemão numa conferência de imprensa. "Continuo a pensar que vamos voltar a uma certa normalidade, em que três ou quatro jogadores dominam" o circuito, continuou.
Isento da primeira ronda, Zverev vai começar o seu torneio contra um qualifier ou o italiano Matteo Berrettini (27.º) e Ruud vai começar contra o americano Brandon Nakashima (33.º) ou o espanhol Roberto Bautista (52.º).
Djokovic a aproveitar o sucesso de Miami?
Duas vezes campeão em Monte Carlo, Novak Djokovic poderá encontrar o vencedor de 2014, Stan Wawrinka, na 2.ª ronda.
Para que este tentador duelo de veteranos se concretize, o suíço, tricampeão do Grand Slam, que caiu para 161.º no ranking e foi convidado pela organização, teria de vencer o chileno Alejandro Tabilo (32.º).
Também isento da primeira ronda e detentor do recorde de títulos Masters 1000 (40), Djokovic está à procura de uma 100.ª coroa no circuito, aos 37 anos, e acaba de chegar à final em Miami, depois de uma série invulgar para ele de três derrotas seguidas (incluindo uma por desistência nas meias-finais do Open da Austrália).
Vencedor do Masters 1000 de Monte Carlo em 2023, o russo Andrey Rublev (9.º) vai enfrentar ou um qualifier na 2.ª ronda ou o francês Gaël Monfils (42.º), que tem estado em forma desde o início da época.
Poderá cruzar-se nos quartos de final com Carlos Alcaraz (3.º), que venceu o ATP 500 de Roterdão em fevereiro, mas que procura desde o início da época o nível de jogo e a consistência que lhe permitiram vencer quatro Grand Slams com apenas 21 anos.
Para além de Sinner, suspenso até 4 de maio ao abrigo de um acordo com a Agência Mundial Antidopagem (AMA) após testar positivo a um anabolizante, o principal ausente em Monte-Carlo é o norte-americano Taylor Fritz (4.º), que desistiu à última hora.