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Monfils assume admiração por Jack Draper após derrota: "Adoro este jogador"

Monfils e Draper abraçam-se depois do jogo
Monfils e Draper abraçam-se depois do jogoALAIN JOCARD / AFP / AFP / Profimedia
Gael Monfils gostaria de ter ficado mais tempo do que a segunda ronda no seu 18.º Open de França, mas disse que não sentiu vergonha em perder para Jack Draper na quinta-feira, feliz por ter "provocado" um jogador cujo jogo adora.

O francês de 38 anos ameaçou a certa altura o tipo de reviravolta que tem sido a sua imagem de marca em Roland Garros, antes de perder por 6-3, 4-6, 6-3, 7-5 para o britânico, quinto cabeça de série, num emocionante final de noite no Court Philippe Chatrier.

Os jogadores deram um longo abraço na rede no final do encontro e Monfils manteve o entusiasmo na conferência de imprensa após o jogo.

"Uma grande noite. Um grande jogo. Acima de tudo, fiquei contente, porque é claro que ele se sente muito confiante, mas consegui provocá-lo um pouco", disse Monfils aos jornalistas.

"Adoro este jogador. Adoro a forma como ele joga, porque tem um backhand muito rápido... quando o Jack era jovem, tinha realmente o melhor backhand".

"Talvez tivesse menos pontos. Mas era mais sólido na pancada de trás e agora evoluiu muito na pancada de frente. Ele é um esquerdino que vai muito rápido ao longo da linha. Isso não é comum, e ele move-se muito bem na quadra".

Monfils disse ter visto outras melhorias em Draper ao longo dos últimos anos.

"Onde ele realmente progrediu é que na devolução", acrescentou.

"Ele está longe da linha de base e a bola entra sempre à velocidade certa, na trajetória certa. Fez um enorme progresso nesse aspeto. Por isso, um Jack que se sente muito confiante é muito difícil de controlar", explicou ainda.

Num dia em que o compatriota Richard Gasquet foi conduzido à reforma, Monfils disse que estaria definitivamente de volta no próximo ano para uma 19.ª tentativa de conquistar o título no seu Grand Slam caseiro.

"Acho que é muito difícil deixar de jogar em Roland", afirmou. "É difícil, porque geralmente quando se pára, é porque não se está ao mesmo nível".