O francês de 38 anos ameaçou a certa altura o tipo de reviravolta que tem sido a sua imagem de marca em Roland Garros, antes de perder por 6-3, 4-6, 6-3, 7-5 para o britânico, quinto cabeça de série, num emocionante final de noite no Court Philippe Chatrier.
Os jogadores deram um longo abraço na rede no final do encontro e Monfils manteve o entusiasmo na conferência de imprensa após o jogo.
"Uma grande noite. Um grande jogo. Acima de tudo, fiquei contente, porque é claro que ele se sente muito confiante, mas consegui provocá-lo um pouco", disse Monfils aos jornalistas.
"Adoro este jogador. Adoro a forma como ele joga, porque tem um backhand muito rápido... quando o Jack era jovem, tinha realmente o melhor backhand".
"Talvez tivesse menos pontos. Mas era mais sólido na pancada de trás e agora evoluiu muito na pancada de frente. Ele é um esquerdino que vai muito rápido ao longo da linha. Isso não é comum, e ele move-se muito bem na quadra".
Monfils disse ter visto outras melhorias em Draper ao longo dos últimos anos.
"Onde ele realmente progrediu é que na devolução", acrescentou.
"Ele está longe da linha de base e a bola entra sempre à velocidade certa, na trajetória certa. Fez um enorme progresso nesse aspeto. Por isso, um Jack que se sente muito confiante é muito difícil de controlar", explicou ainda.
Num dia em que o compatriota Richard Gasquet foi conduzido à reforma, Monfils disse que estaria definitivamente de volta no próximo ano para uma 19.ª tentativa de conquistar o título no seu Grand Slam caseiro.
"Acho que é muito difícil deixar de jogar em Roland", afirmou. "É difícil, porque geralmente quando se pára, é porque não se está ao mesmo nível".