O australiano, nono cabeça de série, tinha chegado aos quartos de final em cada um dos últimos quatro Grand Slams, mas perdeu o fôlego contra Bublik, que venceu por 2-6, 2-6, 6-4, 6-3 e 6-2.
"Obviamente, não foi um bom dia no escritório", lamentou De Minaur: "Foi um daqueles jogos que acabou por se perder sem grande significado."
De Minaur foi vítima da excecional pontaria do mercurial cazaque, numa altura em que a sua época no saibro terminou em desilusão e em que o jogador de 26 anos precisava de recarregar baterias.
"Olha, estou apenas cansado. Estou cansado mentalmente. Estou um pouco esgotado. Jogou-se muito ténis", disse: "Acho que perdi essa. Olhando para trás, para a minha carreira no Grand Slam, não me lembro de outro jogo em que me tenha sentido assim e em que tenha acabado por perder um jogo que, provavelmente, não deveria ter perdido. Não quero tirar o mérito ao Bublik, ele é extremamente perigoso, mas, dito isto, eu também estava a ganhar por dois sets a zero. Este é um jogo que, sim, eu ganho 99,9% das vezes."
De Minaur fez eco da opinião de Casper Ruud, o duas vezes vice-campeão do Open de França, que criticou o sistema de classificação da ATP depois de ter perdido na segunda ronda, na quarta-feira. Ruud, número oito mundial, comparou-o a "uma corrida de ratos" que obriga os jogadores a competir com lesões, uma vez que foi prejudicado por um problema no joelho na sua derrota com Nuno Borges.
De Minaur falhou três eventos Masters 1000 na segunda metade do ano passado devido a lesão e tirou apenas dois dias de férias após a Taça Davis em novembro antes de iniciar os preparativos para a nova época.
"Não tem fim", disse ele sobre o calendário: "Ninguém tem uma solução. Mas a solução é simples: encurtar o calendário, certo? Porque o que vai acontecer é que as carreiras dos jogadores vão ficar cada vez mais curtas, porque eles vão ficar mentalmente esgotados. Há demasiado ténis".