6-4, 6-0 e 6-4O tenista português, 41.º colocado no ranking ATP, tinha uma missão complexa pela frente, ao defrontar o norueguês Casper Ruud, finalista na terra batida parisiense em 2022 e 2023, mas superou o desafio e o adversário, em quatro sets, com os parciais de 2-6, 6-4, 6-1 e 6-0.
Apesar de ter cedido a primeira partida, sem ser capaz de contrariar o nível intenso e eficaz do número oito do mundo, Nuno Borges nunca deixou de lutar e, depois de conseguir igualar o marcador com apenas um break no segundo set, acabou por beneficiar também das dificuldades físicas de Ruud, assistido ao joelho esquerdo no final do terceiro set.
“Continuei a tentar e reparei que ele estava a ficar um pouco mais lento, obviamente não estava a 100% e não sei se o resultado teria sido o mesmo. Estou muito orgulhoso pela forma como lutei do princípio ao fim e como me dei uma oportunidade. Hoje (ontem), tive sorte”, afirmou na entrevista no court Suzanne-Lenglen, após eliminar o campeão do Masters 1.000 de Madrid.
Graças ao triunfo sobre Casper Ruud, que considerou que o português jogou “um encontro fenomenal, a um nível muito alto”, Borges, de 28 anos, tornou-se no primeiro tenista luso a marcar presença na terceira ronda do major parisiense e primeiro representante nacional a ganhar a um dos 10 primeiros jogadores do ranking mundial num torneio do Grand Slam.
Na próxima eliminatória, o tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis vai defrontar o australiano Alexei Popyrin (25.º ATP), também ele estreante na fase seguinte da prova, após eliminar o chileno Alejandro Tabilo, por 7-5, 6-3 e 6-4.
Entre os principais candidatos ao título do segundo torneio do Grand Slam da temporada, o espanhol Carlos Alcaraz ainda deixou escapar um set diante do húngaro Fabian Marozsan (56.º ATP), mas somou o nono triunfo consecutivo em Paris, por 6-1, 4-6, 6-1 e 6-2, em duas horas e nove minutos.
Enquanto o número dois mundial, detentor de quatro troféus do Grand Slam, garantiu a presença na terceira ronda pelo quinto ano consecutivo e um duelo com o bósnio Damir Dzumhur (69.º ATP), o transalpino Lorenzo Musetti (7.º ATP), vice-campeão do Masters 1.000 de Monte Carlo, também confirmou o favoritismo sobre o colombiano Daniel Galan, por 6-4, 6-0 e 6-4.
Numa jornada marcada ainda pela derrota do grego Stefanos Tsitsipas (20.º ATP), vice-campeão na Cidade Luz em 2021, frente ao italiano Matteo Gigante (167.º ATP), por 6-4, 5-7, 6-2 e 6-4, os norte-americanos Tommy Paul (12.º ATP) e Frances Tiafoe seguiram em frente, ao superarem, respetivamente, o húngaro Marton Fucsovics (124.º ATP), por 4-6, 2-6, 6-3, 7-5 e 6-4, e o espanhol Pablo Carreño-Busta, pelos parciais de 6-4, 6-3 e 6-1.
Na competição feminina, entre as principais favoritas, a polaca Iga Swiatek foi a primeira a assegurar a passagem à terceira ronda, ao eliminar a britânica Emma Raducanu em dois sets, por 6-1 e 6-2, conquistando assim o seu 23.º triunfo consecutivo em Paris.
Depois de conquistar o troféu em 2020, 2022, 2023 e 2024, a número cinco do mundo, à procura de ser a primeira mulher a somar quatro títulos seguidos em Roland Garros, desde a francesa Suzanne Lenglen (1920 a 1923), vai defrontar a romena Jaqueline Cristian (60.ª WTA).
Tal como Swiatek, a chinesa Qinwen Zheng (7.ª WTA) continua a ser bem sucedida em território francês, onde ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, desta feita frente à colombiana Emiliana Arango (85.ª WTA), com os parciais de 6-2 e 6-3.
Já a bielorrussa Aryna Sabalenka, número um da hierarquia mundial e dona de três troféus do Grand Slam (Open da Austrália de 2023 e 2024, e do Open dos Estados Unidos de 2024), precisou de apenas uma hora e 19 minutos para afastar a suíça Jil Teichmann (97.ª WTA), por 6-3 e 6-1, e regressar à terceira ronda de Roland Garros.