Num dia de intensos duelos na competição feminina, a quatro vezes campeã do major francês travou uma dura batalha com a cazaque Elena Rybakina, 11.ª do mundo, que só cedeu ao cabo de três sets, decididos com os parciais de 1-6, 6-3 e 7-5.
Um dia depois de celebrar o 24.º aniversário, Swiatek, número cinco mundial, somou a 25.ª vitória consecutiva na catedral da terra batida ao fim de duas horas e 30 minutos, naquela que é a sua tentativa de se tornar na primeira mulher a somar quatro títulos seguidos em Roland Garros, desde a francesa Suzanne Lenglen (1920 a 1923).
“Acho que precisava de uma vitória como esta para sentir que sou capaz de ganhar sob pressão. Mesmo quando não está a correr da melhor maneira, conseguir dar a volta para vencer”, confessou a tenista de Varsóvia.
Vencedora em 2020, 2022, 2023 e 2024, a polaca vai defrontar na próxima ronda a ucraniana Elina Svitolina (14.ª WTA), após o triunfo desta sobre a transalpina Paolini (5.ª WTA), vice-campeã em 2024 e campeã em Roma, também em três partidas, por 4-6, 7-6 (8-6) e 6-1, após converter o terceiro match point que dispôs.
Tal como Swiatek e Svitolina, apurada pela quinta vez para a fase seguinte da prova, a chinesa Qinwen Zheng (7.ª WTA) também se viu obrigada a trabalhos redobrados para se impor à russa Liudmila Samsonova (18.ª WTA), pelos parciais de 7-6 (7-5), 1-6 e 6-3, estreando-se nos quartos de final em Paris, onde conquistou o ouro olímpico no verão de 2024.
Ao contrário das adversárias, a líder do ranking WTA, a bielorrussa Aryna Sabalenka, continua sem perder qualquer set na 124.ª edição de Roland Garros, depois de derrotar a norte-americana Amanda Anisimova (16.ª WTA), com os parciais de 7-5 e 6-3, em uma hora e 32 minutos.
Qualificada pela 10.ª vez consecutiva para os quartos de final de um torneio do Grand Slam, numa sequência iniciada no Open dos Estados Unidos de 2022 – falhou Wimbledon em 2024 com uma lesão no ombro -, Sabalenka vai ter como próxima opositora Zheng, que no último confronto direto saiu vencedora em Roma.
Na competição masculina, Carlos Alcaraz, número dois do mundo, ainda perdeu um set diante do norte-americano Ben Shelton (13.º ATP), mas conseguiu levar a melhor em quatro partidas, pelos parciais de 7-6 (10-8), 6-3, 4-6 e 6-4, assegurando o regresso aos quartos de final no pó de tijolo francês pelo quarto ano seguido.
“Hoje lutei contra mim mesmo, contra a minha mente. Só tentei me acalmar. Em alguns momentos, estava furioso, estava chateado comigo mesmo. Não disse coisas muito boas, mas estou muito feliz por não ter deixado esses pensamentos me prejudicarem. Tentei me acalmar e seguir em frente”, confessou Alcaraz, após a 100.ª vitória em terra batida.
Alcançado o triunfo ao fim de três horas e 19 minutos de um encontro repleto de bonitas jogadas, o murciano, de 22 anos, garantiu uma vaga no lote dos oito melhores jogadores de um torneio do Grand Slam pela 11.ª vez na carreira, medindo forças agora com outro norte-americano, Tommy Paul (12.º ATP), carrasco do australiano Alexei Popyrin (25.º ATP), por triplo 6-3.
Assim como o também norte-americano Frances Tiafoe, 16.º mundial, afastou o alemão Daniel Altmaeir em sets diretos, por 6-3, 6-4 e 7-6 (7-4), para se qualificar pela primeira vez para os quartos de final do torneio parisiense, o italiano Lorenzo Musetti (7.º ATP) bateu pela primeira vez a carreira o dinamarquês Holger Rune (10.º ATP) para alcançar a presença inédita no top-8 do major francês, por 7-5, 3-6, 6-3 e 6-2.