Num dia pouco feliz para o ténis nacional, com a derrota em três equilibrados sets do número um português e 41 mundial, o campeão em título do segundo major da temporada somou mais um triunfo na catedral da terra batida, desta feita frente ao bósnio Damir Dzumhur (69.º ATP), por 6-1, 6-3, 4-6 e 6-4.
Graças ao suado 10.º triunfo seguido na competição parisiense, ao fim de três horas e 14 minutos, o murciano, número dois na hierarquia ATP, apurou-se pelo quarto ano consecutivo para a fase seguinte, enfrentando agora o norte-americano Ben Shelton (13.º ATP), que confirmou o favoritismo diante do italiano Matteo Gigante (167.º ATP), com os parciais de 6-3, 6-3 e 6-4.
Vice-campeão do Masters 1.000 de Monte Carlo e semifinalista dos Masters 1.000 de Madrid e de Roma, o italiano Lorenzo Musetti (7.º ATP) superou o teste imposto pelo argentino Mariano Navone (97.º ATP) e, ao fim de quatro partidas, decididas com os parciais de 4-6, 6-4, 6-3 e 6-2, assegurou a presença nos oitavos de final em Paris.
O jovem transalpino, de 23 anos, vai agora defrontar o dinamarquês Holger Rune, um ano mais novo, que sobreviveu ao último francês em prova, Quentin Halys (52.º ATP) – na sequência da desistência de Arthur Fils com uma lesão -, ao levar a melhor ao cabo de três horas e 19 minutos no court Philippe-Chatrier, por 4-6, 6-2, 5-7, 7-5 e 6-2, garantindo o regresso à quarta ronda pelo quarto ano consecutivo.
Assim como o nórdico, número 10 do mundo, o norte-americano Tommy Paul (12.º ATP) também precisou de cinco sets, com os parciais de 6-3, 3-6, 7-6 (9-7), 3-6 e 6-3, para afastar o russo Karen Khachanov (24.º ATP) e marcar encontro com o australiano Alexei Popyrin (25.º ATP), responsável pela derrota de Nuno Borges.
Depois de se tornar no primeiro homem português a marcar presença na terceira ronda do torneio francês, graças a uma vitória frente ao norueguês Casper Ruud, oitavo do mundo, Borges não conseguiu encontrar soluções para contrariar o jogo de Popyrin e acabou eliminado ao fim de três horas e um minuto, pelos parciais de 6-4, 7-6 (13-11) e 7-6 (7-5).
“Foi história para Portugal e acho ótimo, mas a verdade é que estou tão focado no meu caminho e a fazer a minha cena, como costumamos dizer, que ia tentar ganhar este jogo e nada mais importava. Não consegui, agora estou frustrado e desapontado, porque também não consegui fazer um bom jogo e, se tivesse jogado bem contra o Casper e tivesse perdido, se calhar saía melhor do que aqui com uma terceira ronda”, defendeu Borges, o primeiro tenista luso a bater um jogador do top-10 mundial num torneio do Grand Slam.
A melhor prestação do maiato, de 28 anos, em majors continua a ser a presença nos oitavos de final no Open da Austrália e no Open dos Estados Unidos em 2024, sendo que, em Paris, apenas tinha chegado à segunda ronda, em 2023.
Na competição feminina, Iga Swiatek, tetracampeã de Roland Garros (2020, 2022, 2023 e 2024), enfrentou algumas dificuldades para fechar a segunda partida frente à romena Jaqueline Cristian (60.ª WTA), mas, ao fim de uma hora e 54 minutos, conquistou a 24.ª vitória consecutiva no pó de tijolo francês, pelos parciais de 6-2 e 7-5.
De volta aos oitavos de final, a quinta da hierarquia WTA, à procura de se tornar na primeira mulher a somar quatro títulos seguidos em Roland Garros desde a francesa Suzanne Lenglen (1920 a 1923), vai ter como próxima adversária a cazaque Elena Rybakina, 11.ª do mundo.
Bem mais fácil e rápido de resolver foi o desafio da bielorrussa Aryna Sabalenka, líder do ranking WTA, que precisou de apenas uma hora e 19 minutos para se impor à sérvia Olga Danilovic (34.º WTA), por 6-2 e 6-3, no court central, onde a italiana Jasmine Paolini, finalista vencida há um ano, despachou a ucraniana Yuliia Starodubtseva (81.ª WTA), pelos parciais de 6-4 e 6-1, em uma hora e nove minutos.
Entre as principais favoritas, a chinesa Qinwen Zheng foi, contudo, a primeira tenista a reservar uma vaga nos oitavos de final do segundo major da época, ao ultrapassar a jovem canadiana Victoria Mboko (120.ª WTA), de 18 anos, pelos parciais de 6-3 e 6-4, conquistando assim o seu nono triunfo consecutivo em Roland Garros, onde arrebatou o ouro olímpico em 2024.