A russa, 17.ª cabeça de série, que representa atualmente a Austrália, derrotou Paula Badosa em sets diretos para chegar aos oitavos de final do Open de França, em Paris. Foi o seu melhor resultado em meses, depois de ter perdido nas primeiras rondas em cada um dos últimos sete torneios deste ano.
"Diria que senti pequenos sinais de esgotamento (burnout) ou algo do género. As últimas duas semanas foram um pouco difíceis para mim. Não conseguia encontrar-me em court. Senti-me um pouco sem forças, emotiva. Estou muito feliz por ter voltado ao bom caminho aqui em Roland Garros. Estou a jogar muito melhor e a sentir-me muito melhor. Penso que isso é o mais importante, especialmente agora", disse Kasatkina em conferência de imprensa.
O número 17 do mundo disse que o calendário muito preenchido do circuito deixa pouco tempo para a recuperação ao longo do ano, fazendo eco das opiniões do compatriota Alex De Minaur. O número um australiano apelou a uma época mais curta e disse que se sentia esgotado após a derrota na segunda ronda em cinco sets no início da semana.
A época começou com o torneio de equipas mistas da United Cup em dezembro, 33 dias após o final da Taça Davis em Espanha, e a natureza extenuante do circuito tem sido repetidamente alvo de duras críticas nos últimos anos.
"Concordo com o Alex, porque o nosso calendário é bastante duro. Temos um calendário completamente preenchido. Não há espaço para nada. Toda a gente se identifica com o facto de, por vezes, não querermos acordar para ir trabalhar. É normal. Somos todos humanos. Isso pode acontecer", acrescentou.
"Pode acontecer que a pessoa que está sempre a viajar por todo o mundo, a dar o seu melhor, a viver a vida de tenista, tenha por vezes a sensação de estar cansada. Por vezes, não se está muito entusiasmado para entrar em court", confessou.