Em abril, Boisson fez manchetes fora do campo quando a britânica Harriet Dart se queixou do seu odor corporal durante um jogo.
A jovem de 20 anos reagiu com humor, publicando uma imagem de si própria a meio da partida, segurando uma lata de desodorizante e marcando a Dove para uma "colaboração muito necessária".
Esta segunda-feira, Boisson não está apenas a fazer memes, está a fazer história.
A número 361 do mundo surpreendeu a terceira cabeça de série, Jessica Pegula, perante uma multidão que rugia em casa, em Roland Garros, para garantir um lugar nos quartos de final e assegurar pelo menos 500.000 dólares em prémios monetários.
"Já é um grande feito estar nos quartos de final", disse Boisson, ainda com os pés bem assentes na terra, na conferência de imprensa após o jogo.
"O meu ranking vai abrir-me portas para torneios maiores e é isso que vai mudar a minha vida", assumiu.
Esta foi apenas a sua segunda aparição no Court Philippe Chatrier - a primeira foi uma única sessão de treino há quatro anos, durante a qualificação.
Desta vez, no entanto, pareceu estar perfeitamente à vontade na sua primeira participação no sorteio principal de um Grand Slam.
"Quando entrei, não senti mais pressão do que o habitual. Quanto mais jogos disputo aqui, melhor me sinto", disse.
Boisson tinha ganho em três sets à compatriota Elsa Jacquemot na terceira ronda para preparar o seu confronto com Pegula.
"Claro que os dois últimos jogos foram tensos. Cometi alguns erros devido à pressão, mas no final correu tudo bem - e é isso que conta", acrescentou.
Boisson vai enfrentar a russa Mirra Andreeva, sexta cabeça de série, no que promete ser mais um confronto elétrico.