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Ténis: Sabalenka e Pegula criticam o sistema anti-doping

Sabalenka em Doha
Sabalenka em DohaNOUSHAD THEKKAYIL/NurPhoto via AFP
Aryna Sabalenka e Jessica Pegula, as jogadoras n.º 1 e n.º 5 do mundo, criticaram o sistema antidoping do ténis este domingo, na sequência do caso Sinner, com a americana a descrever o procedimento como "completamente imperfeito".

"Temos a impressão de que eles têm em conta as decisões e os fatores que querem para criar as suas próprias regras. Não vejo como pode ser justo para os jogadores quando há tão pouca consistência", disse a finalista do US Open 2024, falando à margem do torneio do Dubai.

"Quer estejamos limpos ou não, o procedimento é completamente incorreto. Penso que tem de ser seriamente analisado", disse Pegula, sublinhando que as autoridades antidoping têm "o poder de arruinar a carreira de alguém".

"Penso que, atualmente, nenhum jogador confia nos procedimentos. É terrível para o desporto", acrescentou.

Sabalenka concordou, admitindo que estava a "começar a ser mais cuidadosa".

"Por exemplo, antes, não tinha medo de deixar o meu copo de água para ir à casa de banho num restaurante. Agora, não bebo do mesmo copo", disse a número 1 do mundo.

"Dizemos a nós próprios que se alguém nos puser creme e o teste der positivo, não vão acreditar em nós. Somos muito cautelosos com o sistema. Não vejo como podemos confiar nele", acrescentou.

O longo drama em torno de Jannik Sinner, o atual número um mundial, chegou ao fim no sábado, depois de este ter acordado com a Agência Mundial Antidopagem (AMA) uma suspensão de três meses. A AMA reconheceu que o italiano, que sempre alegou contaminação acidental, "não tinha intenção de fazer batota".

Na época passada, a polaca Iga Swiatek, atual número 2 do mundo, aceitou uma suspensão de um mês depois de ter testado positivo para trimetazidina (TMZ), em agosto de 2024.