Antes do torneio canadiano deste ano, chegou pela primeira vez às meias-finais de um Grand Slam em Wimbledon e esteve duas vezes na final do Masters. Chegou agora a sua terceira oportunidade de conquistar um grande título e finalmente aproveitou-a.

Jannik Sinner tornou-se o mais jovem vencedor italiano a vencer um ATP1000 e vai celebrar o seu 22.º aniversário na quarta-feira.

"Claro que estou feliz com esta prenda, feliz aniversário", desejou a si próprio, sorrindo, na conferência de imprensa após o torneio.

Mas o triunfo em Toronto também significa que, provavelmente, Sinner não poderá jogar o próximo Masters em Cincinnati até quarta-feira.

"Se conseguir, será o terceiro ano consecutivo em que jogarei no dia do meu aniversário. Mas não estou zangado, gosto de jogar", acrescentou.

A final contra Alex de Minaur foi essencialmente uma das batalhas mais fáceis de Sinner, se não contarmos com a desistência de Andy Murray. Destruiu o australiano a partir da linha de base com pancadas longas e precisas. Só foi à rede quatro vezes, mas em todas elas foi bem sucedido.

"Senti a pressão, mas acho que lidei muito bem com ela. Tento sempre jogar ponto a ponto e trato todos os jogadores em campo com respeito", disse.

Mas, ao longo do torneio, ele também mostrou uma grande defesa e um backhand deslizante, talvez muito bem inspirado pelo estilo de Novak Djokovic.

Momentos chave

Jannik Sinner - Matteo Berrettini 6:4, 6:3

O jogo poderia ter terminado de forma muito diferente se Sinner não tivesse anulado cinco pontos de break no quinto jogo do primeiro set, um Berrettini soberbamente servido poderia ter tido dificuldades em quebrá-lo. No entanto, resistiu aos momentos de baixa na segunda ronda do torneio e igualou o poderoso serviço do seu compatriota no número de ases. No final do encontro, as estatísticas indicavam 10:10.

Jannik Sinner - Gael Monfils 6:4, 4:6, 6:3

O confronto de gerações com o francês testou a resistência de Sinner. Monfils levou um jogo aparentemente perdido para o terceiro set nos quartos de final, passando de 1:3 para 6:4 e esmagando Jannik com um excelente serviço (19 ases). No final, porém, Sinner teve mais energia e venceu o seu único encontro de três sets do torneio graças ao seu jogo de rede.

Jannik Sinner - Tommy Paul 6:4, 6:4

O resultado parecia convincente, mas a batalha das meias-finais com a esperança americana foi extenuante e durou quase duas horas de jogo. Uma troca de bolas em que a bola cruzou a rede um total de 46 vezes mostra a tenacidade com que cada bola foi disputada.

Números importantes:

1

Pela primeira vez, Jannik Sinner conseguiu triunfar num torneio ATP Masters 1000, tornando-se apenas o segundo italiano a vencer o Masters. Antes dele, apenas Fabio Fognini, que conheceu a glória em 2019 em Monte Carlo.

8

Este é o número de torneios que Sinner conseguiu vencer, colocando-o no terceiro lugar da história italiana, à frente de Matteo Berrettini (7). Apenas Fabio Fognini (9) e o lendário Adriano Panatta (10) conseguiram ganhar mais títulos; este último é certamente uma motivação para Sinner, uma vez que em 1976 foi o único italiano na história a ganhar um Grand Slam - Roland Garros. Graças a Sinner, a Itália conta atualmente com 83 títulos no circuito ATP.

41

Jannik Sinner já ganhou 41 jogos em 2023: apenas Daniil Medvedev e Carlos Alcaraz têm mais. O jovem italiano participou em 13 torneios este ano e o seu registo de 41:11 significa uma taxa de sucesso de 78,8%, o que faz dele o quarto melhor jogador deste ano.

Falando da próxima geração de jogadores, Sinner confirmou que o triunvirato Alcaraz - Rune - Sinner pode, de facto, contar com um futuro próximo. Olhando para as estatísticas, é evidente que nos Masters deste ano, até agora, pelo menos um deles chegou sempre à final e, juntos, conquistaram três troféus.

Sinner também subiu para o sexto lugar no ranking da ATP depois de Toronto, o mais alto da sua carreira.